Andrade tem inquérito para chamar de seu na Lava Jato
Empreiteira comandada pelo executivo Otávio Azevedo, que foi a maior doadora da campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e é sócia da Cemig, com um acordo de acionistas que lhe dá amplos poderes sobre a gestão, será também investigada na Operação Lava Jato; segundo o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor Paulo Roberto Costa, ela fazia negócios comuns com o lobista Fernando Baiano
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247 - A Polícia Federal abriu um inquérito próprio para investigar a Andrade Gutierrez, que é uma das maiores empreiteiras do País, além de sócia em empresas como Oi e Cemig – nesta última, a empresa conseguiu costurar com os governos do PSDB, em Minas, um acordo de acionistas favorável, que lhe dá amplos poderes sobre a gestão. Coincidência ou não, a Andrade foi a maior doadora de recursos da campanha do senador Aécio Neves, em 2014.
O inquérito aberto contra a Andrade, e noticiado pelos jornalistas Gabriel Mascarenhas, Aguirre Talento e Rubens Valente (leia aqui), diz respeito a denúncias de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que diz ter recebido propina da empreiteira. "A empresa, mesmo após ganhar algum contrato no âmbito da Diretoria de Abastecimento, custava a depositar o valor devido ao PP", afirmou Costa. Depois, ele disse que a questão passou a ser tratada com o lobista Fernando Baiano, que está preso. "Isto significou que os valores pagos por aquela empreiteira passariam a ser destinados ao PMDB, que tinha em Fernando Soares seu operador".
Baiano é amigo próximo do presidente da Andrade, Otávio Azevedo. Segundo Costa, os dois tinham até negócios comuns.
Quem também mencionou a empresa em sua delação foi o doleiro Alberto Youssef. "Quem tratava na Andrade era o Fernando Soares e provavelmente com o presidente do conselho, que era o doutor Otavio (Azevedo)."
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