Anatel: é preciso "puxar orelha" das operadoras

Em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, presidente da Anatel reconhece que os investimentos feitos pelas empresas em atendimento ao consumidor, infraestrutura e tecnologia ainda são insuficientes; para João Batista Rezende, a Anatel precisa "puxar a orelha" das operadoras para que elas melhorem a qualidade do serviço de internet móvel para transmissão de dados

Anatel: é preciso "puxar orelha" das operadoras
Anatel: é preciso "puxar orelha" das operadoras (Foto: Antonio Cruz/ABr)


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Karine Melo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A melhoria da fiscalização da qualidade das ligações e conexões de internet é a aposta da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para evitar problemas durante os grandes eventos esportivos que o Brasil vai sediar a partir deste ano.

A primeira grande prova de como está o serviço de telefonia será no próximo mês, durante a Copa das Confederações. Nesse caso, o desafio é que a tecnologia 4G cubra todos os estádios e aeroportos das seis cidades-sede do torneio. Até dezembro de 2016, a expectativa é de que metade da população brasileira também tenha acesso à tecnologia.

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"Temos que garantir o pleno funcionamento das redes durante os grandes eventos, momento importante para o País mostrar sua capacidade de atuação em relação à infraestrutura de Telecom", disse o presidente da Anatel, João Batista Rezende.

Em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado nesta terça-feira (7), o presidente da Anatel reconheceu que os investimentos feitos pelas empresas em atendimento ao consumidor, infraestrutura e tecnologia ainda são insuficientes. Para ele, a Anatel precisa "puxar a orelha" das operadoras para que elas melhorem a qualidade do serviço de internet móvel para transmissão de dados. Apesar disso, para a agência, houve melhora na qualidade dos serviços de transmissão de voz e no número de quedas de chamadas, que voltou para perto da meta.

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"Hoje temos quase 150 milhões de pessoas com celular, dos quais 72 milhões têm serviço de transmissão dados no celular. Imagine quando atingirmos 150 milhões de pessoas com internet. O nível da rede tem que ser muito melhor do que é hoje; os investimentos têm que ser muito mais pesados do que são hoje", destacou.

Segundo o presidente da Anatel, na impossibilidade de se duplicar ou triplicar a infraestrutura já existente, a saída terá que ser outra. "É melhor pegar a infraestrutura atual e compartilhar. Na tecnologia 4G, por exemplo, a Oi e a TIM já buscam o compartilhamento de torres. Nas cidades com menos de 30 mil habitantes, onde só uma empresa tem a infraestrutura, será obrigada a abrir o canal para as outras usarem o serviço", explicou.

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O call center da Anatel recebe por ano 6 milhões de reclamações, a maioria delas diz respeito à cobranças indevidas.

Edição: Denise Griesinger

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