Amorim: ódio ao piloto faz com que prefiram que o avião caia

Ex-ministro da Defesa no governo Dilma Rousseff e ex-ministro das Relações Exteriores nos governos Itamar e Lula, Celso Amorim alerta o que é preciso olhar para o país e deixar o processo democrático funcionar, sem lançar mão de situações ilegais ou inconstitucionais, pois isto "nunca foi bom"; fazendo referência à imagem do ódio ao piloto tão grande que faz com que prefiram que o avião caia em vez de encaminhar a situação para o caminho certo, ele ressaltou a importância do bom senso e da negociação: "Democracia é isso, negociação, conversar mesmo com quem a gente não simpatiza"

Ex-ministro da Defesa no governo Dilma Rousseff e ex-ministro das Relações Exteriores nos governos Itamar e Lula, Celso Amorim alerta o que é preciso olhar para o país e deixar o processo democrático funcionar, sem lançar mão de situações ilegais ou inconstitucionais, pois isto "nunca foi bom"; fazendo referência à imagem do ódio ao piloto tão grande que faz com que prefiram que o avião caia em vez de encaminhar a situação para o caminho certo, ele ressaltou a importância do bom senso e da negociação: "Democracia é isso, negociação, conversar mesmo com quem a gente não simpatiza"
Ex-ministro da Defesa no governo Dilma Rousseff e ex-ministro das Relações Exteriores nos governos Itamar e Lula, Celso Amorim alerta o que é preciso olhar para o país e deixar o processo democrático funcionar, sem lançar mão de situações ilegais ou inconstitucionais, pois isto "nunca foi bom"; fazendo referência à imagem do ódio ao piloto tão grande que faz com que prefiram que o avião caia em vez de encaminhar a situação para o caminho certo, ele ressaltou a importância do bom senso e da negociação: "Democracia é isso, negociação, conversar mesmo com quem a gente não simpatiza" (Foto: Roberta Namour)


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Pamela Mascarenhas, do Jornal do Brasil

O ex-ministro da Defesa no governo Dilma Rousseff e ex-ministro das Relações Exteriores nos governos Itamar e Lula, Celso Amorim, falou na manhã desta terça-feira (11) sobre a crise política formada no país. Questionado pelo Jornal do Brasil após palestra na FGV, ele destacou sua preocupação e confiança com o cenário, alertando que é preciso olhar para o país e deixar o processo democrático funcionar, sem lançar mão de situações ilegais ou inconstitucionais, pois isto "nunca foi bom".

"Eu acho que se cada um se compenetrar realmente de porque [determinado candidato à presidência] foi eleito, para que foi eleito, não precisa concordar sempre, pode discordar, pode ter preferências, pode achar que deve ser de outra maneira, mas [tem] deixar o processo democrático funcionar. Não adianta querer forçar situações que não sejam legais ou constitucionais. Isso não é bom, nunca foi bom", ressaltou Celso Amorim.

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Celso Amorim disse que críticas são importantes, assim como que seja corrigido o que está errado, porém, toda a sociedade brasileira precisa olhar para o país. "Como todo mundo, eu tenho opiniões pessoais, não quero julgar a correção ou não jurídica de certas ações, isso quem vai julgar é a justiça, (...) a justiça deve funcionar."

Fazendo referência à imagem do ódio ao piloto tão grande que faz com que prefiram que o avião caia em vez de encaminhar a situação para o caminho certo, o ex-ministro ressaltou a importância do bom senso e da negociação. "Democracia é isso, negociação, conversar mesmo com quem a gente não simpatiza."

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Chamando a atenção para o fato de que o país já viveu debate parecido -- "A minha geração viveu isso", Celso Amorim voltou a lembrar que um governo autoritário, que não respeita a vontade do povo, não é bom.

"Eu vejo [o cenário] com um misto de preocupação e confiança. Preocupação porque é impossível não ficar preocupado diante de uma situação em que há vários aspectos que são difíceis -- econômicos, políticos, essas acusações também --, não é uma coisa para desprezar, tem que levar adiante. Agora, é levar adiante com bom senso. O bom senso não quer dizer que não vai apurar tudo, mas apurar com bom senso. Não vamos afundar o país junto com aqueles que a gente não gosta", concluiu o ex-ministro.

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Amorim conversou com o JB após palestra na Fundação Getúlio Vargas, na Zona Sul do Rio de Janeiro, com o tema "A Declaração de Teerã: oportunidade perdida?". Esta foi a primeira palestra do ciclo "Teerã, Ramalá e Doha: Memórias da Política Externa Ativa e Altiva".

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