Ameaça de greve piora crise do Metrô em São Paulo
Promessa de paralisação por reajuste salarial acentua os atuais problemas do transporte para o governo do Estado: superlotação, quedas constantes de energia e ontem um acidente que deixou 49 feridos
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247 – Como se a crise da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) não pudesse piorar, os metroviários decidiram em assembleia na noite desta quarta-feira 16 rejeitar a proposta de reajuste salarial oferecida pela empresa e aprovar o indicativo de greve a partir da próxima quarta-feira 23. Uma nova assembleia foi marcada para terça-feira 22, a fim de reavaliar a decisão pela greve.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e em Empresas Operadoras de Veículos Leves sobre Trilhos no Estado de São Paulo, o Metrô propôs reajuste salarial de 4,15%, aumento real de 0,50%, e reajuste de 4,15% para o vale-refeição, vale-alimentação e auxílio-creche. O sindicato ressalta que a categoria pretende alcançar 5,13% de reajuste salarial, 14,99% de aumento real, vale-alimentação de R$ 280,45 e reajuste de 23,44% para o vale-refeição.
A reunião aconteceu no mesmo dia em que ocorreu uma colisão de dois trens do Metrô na linha 3-Vermelha, que faz o trajeto Corinthians/Itaquera-Barra Funda. O acidente deixou 49 feridos, causou pânico geral e repercutiu mundo afora, já que é a mesma linha que leva para o futuro estádio apelidado de "Itaquerão", na zona leste de São Paulo, palco de jogos da Copa do Mundo de 2014.
O Metrô, assim como a CPTM, vem sendo alvo de críticas por quedas constantes de energia e, consequentemente, paralisação de trens e tumulto entre os passageiros. O tema já até virou foco da campanha do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, que chama o problema de "apagão dos transportes".
Com informações da Agência Brasil
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