Alunos mais pobres ampliam presença em universidades públicas

Participação dos 20% mais pobres da população brasileira na universidade pública aumentou quatro vezes entre 2004 e 2013, segundo a Síntese de Indicadores Sociais, do IBGE; de acordo com a pesquisa, esses alunos representavam 1,7% do total em 2004 e passaram a ser 7,2% em 2013

Brasilia - Professores aprovam greve a partir de segunda-feira
Decisão foi tomada em assembleia que reuniu 176 professores nesta sexta-feira, 18 de maio, e segue movimento nacional de paralisação que já conta com a adesão dos docentes de 33 universidades
Brasilia - Professores aprovam greve a partir de segunda-feira Decisão foi tomada em assembleia que reuniu 176 professores nesta sexta-feira, 18 de maio, e segue movimento nacional de paralisação que já conta com a adesão dos docentes de 33 universidades (Foto: Gisele Federicce)


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Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil

A participação dos 20% mais pobres da população brasileira na universidade pública aumentou quatro vezes entre 2004 e 2013, segundo a Síntese de Indicadores Sociais. De acordo com a pesquisa, esses alunos representavam 1,7% do total em 2004 e passaram a ser 7,2% em 2013.

Ao mesmo tempo, a participação dos 20% mais ricos caiu de 55% para 38,8% no período. O mesmo fenômeno ocorreu nas universidades privadas, em que a participação dos 20% mais ricos caiu de 68,9% para 43%, enquanto a dos mais 20% pobres cresceu de 1,3% para 3,7%.

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"Houve políticas de ampliação de vagas e outras [medidas] como o ProUni [Programa Universidade para Todos] e as cotas, mas também houve aumentos da renda e da escolaridade média [do brasileiro]", disse a pesquisadora do IBGE Betina Fresneda.

Houve ainda redução da distorção idade-série dos jovens de 15 anos a 17 anos, o que significa que um número maior de alunos está cursando a série adequada à sua idade, isto é, o ensino médio. Se em 2004 apenas 44,2% dos alunos dessa faixa etária estavam no ensino médio, em 2013, o percentual subiu para 55,2%.

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Aqueles, nessa idade, que ainda estão no ensino fundamental caíram de 34,7% para 26,7% no período. O número de jovens que não estudam também diminuiu de 18,1% para 15,7%. "Ainda há atraso, que é reflexo do problema que vem desde o ensino fundamental", explica Betina.

Os alunos de 13 anos a 16 anos que ainda estavam fora da série adequada eram 41,4% em 2013, apesar de o número ter caído, já que em 2004, esse percentual chegava a 47,1%.

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