Alckmin reabre guerra da água. E agora, Pezão?
Com base na legislação federal, governador paulista defendeu nesta segunda-feira 11 redução de vazão de água da Bacia do Paraíba do Sul, em São Paulo, para movimentar usina hidrelétrica do rio Piraí, no Rio de Janeiro; "Primeiro vem o abastecimento humano de água", disse Geraldo Alckmin, em defesa de redução do volume destinado ao Rio e Minas Gerais; "Para a energia, há as termoelétricas", completou; será que tucano já combinou a estratégia com o governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB, ex-prefeito de Barra do Piraí?; reação dele, e também do titular de Minas, Alberto Pinto Coelho, pode ser dura; proposta será levada à Agência Nacional de Águas
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247 – Citando a legislação federal, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu nesta segunda-feira 11 a redução da atual vazão de água da bacia do rio Paraíba do Sul, em São Paulo, com destino ao Rio de Janeiro e Minas Gerais. Segundo ele, a medida não afetaria a água destinada ao consumo humano nesses Estados, mas apenas aquela que movimenta a hidrelétrica do rio Piraí, no Rio. A usina produz energia para cidades interioranas do Rio e Minas.
- Primeiro o abastecimento humano de água, depois o abastecimento de animais e depois os demais itens, alinhou Alckmin.
O tucano completou que, neste momento de crise hídrica, a usina do rio Piraí deveria ser substituída, ao menos parcialmente, pela operação de usinas termoelétricas, movidas a óleo diesel.
No início do ano, Alckmin também defendeu a preservação da água da bacia do rio Paraíba para abastecer as reservas de São Paulo. Mas o governador fluminense, Luiz Fernando Pezão, então recém empossado, reagiu sem meneios. Ele foi prefeito do município de Barra do Piraí.
- É impossível retirar água do Paraíba do Sul, sustentou Pezão. "Não vejo qualquer outra destinação (para as águas) a não ser a que já é feita para os Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Não vou medir esforços para que isso continue assim.
Agora, diante de nova proposta de Alckmin, não apenas Pezão, mas também o governador de Minas, Alberto Pinto Coelho, devem se manifestar.
O governador paulista se cercou de dados técnicos para formular sua proposta.
- Apenas 45 metros cúbicos de água por segundo são usados para o abastecimento humano no Rio, aponta Alckmin, referindo-se à vazão da bacia do Paraíba. “No total, a vazão é de 113 metros cúbicos, prosseguiu, sustentando a redução para a hidrelétrica. Ele prometeu levar o assunto para discussão na Agência Nacional de Águas (ANA).
Na semana passada, a ANA notificou a Sabesp sobre a redução da vazão para diversas cidades paulistas, pressionando Alckmin.
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