Aeroportos do país registram atrasos em dia de protesto

Em dia de paralisação de aeronautas e aeroviários no início desta manhã, a Infraero registrou, até as 10h, 148 voos domésticos atrasados (19,5% do total) e 66 cancelados (8,7% do total), dos 760 voos programados em todo o País

Em dia de paralisação de aeronautas e aeroviários no início desta manhã, a Infraero registrou, até as 10h, 148 voos domésticos atrasados (19,5% do total) e 66 cancelados (8,7% do total), dos 760 voos programados em todo o País
Em dia de paralisação de aeronautas e aeroviários no início desta manhã, a Infraero registrou, até as 10h, 148 voos domésticos atrasados (19,5% do total) e 66 cancelados (8,7% do total), dos 760 voos programados em todo o País (Foto: Roberta Namour)


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Ana Cristina Campos * - Repórter da Agência Brasil

Em dia de paralisação de aeronautas e aeroviários no início da manhã de hoje (22), a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) registrou, até as 10h, 148 voos domésticos atrasados (19,5% do total) e 66 cancelados (8,7% do total), dos 760 voos programados.

Os aeroviários e aeronautas pedem aumento de 8,5% nos salários e benefícios, melhores condições de trabalho e estabelecimento de piso salarial para os agentes que fazem o check-in, entre outras reivindicações. A proposta do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) e da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) oferece reajuste de 6,5% para os salários e aumento de 8% para alguns benefícios.

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No Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, dos 36 voos domésticos programados, 20 estavam atrasados. Em Curitiba, o Aeroporto Internacional Afonso Pena registrou 11 voos atrasados dos 35 previstos. No Aeroporto Internacional de Florianópolis - Hercílio Luz, dos 15 voos domésticos previstos, seis estavam em atraso. Já no Aeroporto Internacional de Salvador - Deputado Luis Eduardo Magalhães, sete voos estavam atrasados dos 46 programados.

Em nota, a Abear informou que a paralisação dos trabalhadores teve, "em consequência das ações gerenciais adotadas pelo setor, um impacto mínimo junto aos passageiros". E acrescentou: "No entanto, ainda assim o movimento impactou mais de 20% da operação prevista, não garantindo um efetivo mínimo de 80% dos colaboradores, estabelecido pelo Judiciário. Honrando seu compromisso de transportar os brasileiros com segurança e qualidade, as companhias aéreas estão normalizando as operações e adotando as medidas judiciais cabíveis".

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Ontem, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que aeronautas e aeroviários mantenham 80% do pessoal trabalhando durante a paralisação.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, comandante Adriano Castanho, a categoria quer melhores condições de trabalho e escalas mais justas, como, por exemplo, a redução do número de madrugadas consecutivas trabalhadas, que pode chegar a cinco, e um maior número de folgas. Ele informou que os aeronautas podem ficar até 22 dias fora de casa, com oito dias de folga no mês.

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De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), vinculada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), os sindicatos farão assembleias hoje às 15h. Na sexta-feira (23), às 14h, ocorrerá audiência de conciliação entre a Fentac e o Snea no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília.

*Colaborou Katiana Rabêlo, repórter do Radiojornalismo

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