Aeronautas vão parar a partir do dia 22
Os aeronautas, categoria que inclui comandantes, copilotos e comissários de voo, decidiram nesta quarta (14) em assembleia nacional fazer, a partir do dia 22, paralisações diárias de todas as decolagens entre 6h e 7h em todos os aeroportos do país; a medida é um protesto contra a proposta salarial oferecida pelas empresas aéreas, classificada de “inaceitável” pelos trabalhadores; “Inicialmente, a paralisação é de uma hora para trazer menos impacto para o público. A categoria está preocupada, além de garantir seus direitos, em manter o atendimento à sociedade”, disse o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Adriano Castanho
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Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil
Os aeronautas, categoria que inclui comandantes, copilotos e comissários de voo, decidiram hoje (14) em assembleia nacional fazer, a partir do dia 22, paralisações diárias de todas as decolagens entre 6h e 7h em todos os aeroportos do país. A medida é um protesto contra a proposta salarial oferecida pelas empresas aéreas, classificada de “inaceitável” pelos trabalhadores.
“Inicialmente, a paralisação é de uma hora para trazer menos impacto para o público. A categoria está preocupada, além de garantir seus direitos, em manter o atendimento à sociedade”, disse, em nota, o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Adriano Castanho.
De acordo com o sindicato, a paralisação será mantida por tempo indeterminado até que haja uma nova proposta do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea). Os aeronautas reivindicam, entre outras coisas, escalas de trabalho que gerenciem o risco de fadiga dos tripulantes, limitação dos períodos de trabalho nas madrugadas e jornadas menos extensas.
A categoria decidiu ainda reduzir de 9% para 8,5% a reivindicação de reajuste salarial – a demanda inicial era por 11%.
Procurada, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas disse, por meio da assessoria de imprensa, que o processo de negociação ainda não se encerrou, e que haverá nova rodada na próxima sexta-feira (16). A entidade propõe um reajuste salarial de 6,5%, ante uma inflação de 6,33% em 2014, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
“É importante lembrar que o setor aéreo tem sido afetado por crises mundiais, com volatilidade da cotação do dólar em relação ao real e do preço do barril de petróleo, entre outros fatores alheios à operação aérea. Consequentemente, os resultados financeiros das companhias aéreas têm registrado forte impacto negativo”, argumentou a entidade, em nota.
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