Advogado diz que lobista faz "prospecção de negócios"

"Ele é um empresário, proprietário de duas empresas antigas e faz prospecção de negócios. Descobre onde está o problema de uma infraestrutura e vai atrás de solução", defendeu o advogado Mario Oliveira Filho, representante de "Fernando Baiano", que prestará depoimento nesta tarde; defesa também negou que o lobista arrecadava propina para o PMDB, por meio de contratos entre empreiteiras e a Petrobras

"Ele é um empresário, proprietário de duas empresas antigas e faz prospecção de negócios. Descobre onde está o problema de uma infraestrutura e vai atrás de solução", defendeu o advogado Mario Oliveira Filho, representante de "Fernando Baiano", que prestará depoimento nesta tarde; defesa também negou que o lobista arrecadava propina para o PMDB, por meio de contratos entre empreiteiras e a Petrobras
"Ele é um empresário, proprietário de duas empresas antigas e faz prospecção de negócios. Descobre onde está o problema de uma infraestrutura e vai atrás de solução", defendeu o advogado Mario Oliveira Filho, representante de "Fernando Baiano", que prestará depoimento nesta tarde; defesa também negou que o lobista arrecadava propina para o PMDB, por meio de contratos entre empreiteiras e a Petrobras (Foto: Gisele Federicce)


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André Richter - Enviado Especial da Agência Brasil/EBC

O advogado Mario Oliveira Filho, representante do empresário Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano", preso na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, disse hoje (19) que seu cliente faz "prospecção de negócios". O investigado prestará depoimento esta tarde na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso. A defesa também negou que Soares arrecadava propina para o PMDB, por meio de contratos entre empreiteiras e a Petrobras.

"Ele é um empresário, proprietário de duas empresas antigas e faz prospecção de negócios. Descobre onde está o problema de uma infraestrutura e vai atrás de solução. Por exemplo, vou fazer uma estrada, preciso de tantas toneladas de pedras. Ele faz o contato e, sobre a negociação, recebe uma porcentagem, que é absolutamente lícito", afirmou.

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O advogado confirmou que Fernando Soares fez negócios lícitos com a Petrobras, mas negou que ele tenha qualquer ligação com o PMDB. Em depoimento de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef afirmou que o investigado arrecadava propina para o partido.

"O que percebo é uma ligação equivocada. Alguns dizem que a Diretoria Internacional da Petrobras é do pessoal do PMDB, enquanto outros dizem que é indicação do PT. Como Fernando teve negócios com a área internacional, então ele teria vínculo com o PMDB? Não tem. Se há um operador, não é ele", informou o advogado.

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Mário Filho afirmou que não há obra sem propina no país, mas que Soares não participou dos supostos desvios. "Acontece uma coisa muito curiosa e que ninguém percebe. Eventualmente, o empresário faz uma composição ilícita com o algum político para pagar alguma coisa. Se ele não fizer - e quem desconhece isso desconhece a história do país -, não tem obra. Pode apurar em prefeituras do interior, em uma empreiteirazinha com quatro funcionários. Se ele não fizer acerto, não põe um paralelepípedo no chão", assinalou.

Fernando Soares se entregou ontem (18) à Polícia Federal em Curitiba. Chegou à Superintendência da PF em um táxi, acompanhado do advogado. Ele era considerado foragido desde a semana passada, quando as prisões da nova fase da operação foram decretadas.

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