Advogada aponta “armação” contra a Odebrecht

Em entrevista, Dora Cavalcanti afirma que as frequentes citações ao nome da empresa em depoimentos de delatores da Lava Jato são uma estratégia para atingir a companhia; acusações foram feitas "de forma artificial", segundo ela, no momento em que o Supremo "restabelece as regras do jogo", ao determinar que ninguém vai ser preso antecipadamente

Em entrevista, Dora Cavalcanti afirma que as frequentes citações ao nome da empresa em depoimentos de delatores da Lava Jato são uma estratégia para atingir a companhia; acusações foram feitas "de forma artificial", segundo ela, no momento em que o Supremo "restabelece as regras do jogo", ao determinar que ninguém vai ser preso antecipadamente
Em entrevista, Dora Cavalcanti afirma que as frequentes citações ao nome da empresa em depoimentos de delatores da Lava Jato são uma estratégia para atingir a companhia; acusações foram feitas "de forma artificial", segundo ela, no momento em que o Supremo "restabelece as regras do jogo", ao determinar que ninguém vai ser preso antecipadamente (Foto: Gisele Federicce)


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247 – A advogada da construtora Odebrecht, Dora Cavalcanti, vê "armação" contra a empresa nas delações da Operação Lava Jato. A companhia foi citada pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como parte do esquema de propina para obter contratos na estatal do petróleo.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, ela diz que os dois delatores "voltam suas baterias de forma artificial para a Odebrecht" no momento em que o Supremo "restabelece as regras do jogo", ao determinar que ninguém vai ser preso antecipadamente. Nessa semana, o STF tirou nove executivos investigados da prisão preventiva e mandou para a prisão domiciliar. Segundo ela, a decisão é um "divisor de águas" nessa operação.

"A leitura que eu faço, gravíssima, é de que houve uma mudança de rumo para atingir, de forma intencional, a Odebrecht. Um dos mais duros ministros da nossa história forense, que é o Gilson Dipp, escreve que a omissão dolosa de fatos que era de conhecimento do delator, para ir ajustando conforme favores que ele precisa buscar, equivale à mentira. Isso já é motivo para invalidar a delação", lembra Dora.

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Ela também fez críticas ao juiz Sérgio Moro e disse que os executivos da empreiteira "estão submetidos a um estado de terror". "Eles sofreram busca e apreensão, a prisão deles foi requerida e negada, de forma ponderada, com a justificativa de que não havia provas. Hoje [30] entregamos uma petição ao juiz Sergio Moro, dizendo que a empresa está disposta a colaborar. Nós estamos num cenário da verdade da Emília do Monteiro Lobato, que é a mentira bem contada. O cara vai ajustando o que diz e não há contraponto", disse.

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