Acordo pode adiar votação de projeto sobre terceirização

Diante do empenho do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em votar ainda hoje (15) todos os destaques feitos ao projeto de lei que regulamenta a terceirização no Brasil, líderes da Casa começaram a se articular para adiar a discussão; "O presidente, de imediato, falou que não concorda mas vai ouvir os líderes da oposição", disse o líder do governo na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE)"Numa hora como esta o bom senso indica o caminho da negociação e do diálogo. Ele [Cunha] quer votar porque [acredita que o texto] está maduro. Eu vim em nome do governo propor uma saída", completou

José Guimarães
José Guimarães (Foto: Paulo Emílio)


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Carolina Gonçalves, Repórter da Agência Brasil - Diante do empenho do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em votar ainda hoje (15) todos os destaques feitos ao projeto de lei que regulamenta a terceirização no Brasil, líderes da Casa começaram a se articular para adiar a discussão. A base governista foi a primeira a bater à porta de Cunha para pedir a reconsideração do prazo para que a matéria seja apreciada.

"O presidente, de imediato, falou que não concorda mas vai ouvir os líderes da oposição", disse o líder do governo na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE). O parlamentar destacou que a base aliada já entrou em consenso sobre o adiamento do projeto. "Numa hora como esta o bom senso indica o caminho da negociação e do diálogo. Ele [Cunha] quer votar porque [acredita que o texto] está maduro. Eu vim em nome do governo propor uma saída".

Guimarães alertou para a mudança de posições das bancadas e disse que o PSDB compartilha da mesma postura do governo. O líder lembrou da votação de ontem, quando por 360 votos contra 47, os deputados decidiram acatar o destaque do PSDB que retira a possibilidade de as empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias e controladas, no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, aplicarem as regras que constavam no texto-base aprovado na semana passada.

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"As bancadas estão mudando de posição. Ontem foi um exemplo que não é a terra do tudo ou nada. Quando se parte para este caminho dá zero a zero e prejudicamos a economia do país, os trabalhadores e os empresários. Porque não construir um texto de consenso entre trabalhadores e empresários? Não pode ser uma lei para atender só um lado", ponderou.

No início da manhã, Cunha avaliou que o que houve foi "confusão e pouco entendimento" e apelou para a retomada do rumo no plenário. "O plenário estava perdendo o rumo. É importante que volte ao rumo. A parte do governo já está convencida. Preservar a contribuição previdenciária sem aumentar a carga tributária. Precisa agora resolver se mantém ou se retira o conceito de atividade meio e fim", disse.

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