"Acompanho integralmente o relator", diz Ayres

Presidente do STF vota a favor de toda as acusações de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro contra João Paulo Cunha, Henrique Pizzolato, Marcos Valério e seus sócios

"Acompanho integralmente o relator", diz Ayres
"Acompanho integralmente o relator", diz Ayres (Foto: Edição/247)


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247 - Sem rodeios, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, condenou logo nos primeiros minutos do seu voto os réus do chamado núcleo publicitário da Ação Penal 470. Ele considerou ter todos os elementos necessários para acompanhar a maioria da Corte, que já se manifestou pela condenação dos réus. "Os autos confirmam a trama delitiva da denúncia", disse. "Houve um rematado esquema de desvios de dinheiros públicos. O Ministério Público conseguiu provar em juízo as acusações".Ayres Britto bateu duro em portaria do ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardoso, que permitiu, na prática, a prorrogação de contratos publicitários antes da realização de licitações. "Isso é um atentado, uma afronta ao artigo quinto, incisivo 36, da Constituição", atacou Ayres Britto, referindo-se à antecipação de valores, pelo então ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, à agência DNA, de Marcos Valério. "Isso foi um tranco à função legislativa do Estado", reforçou Britto, reclamando da cobertura que o ato do Ministério da Justiça teria dado à ação de Pizzolato. "Ele aprovou aportes financeiros indevidos à agência DNA de Valério, Paz e Hollerbach", registrou Britto. "O desfalque patrimonial tinha sim repercussão financeira no Banco do Brasil, majoritamente público".

Nesse ponto, o revisor Ricardo Lewandoswski tomou a palavra para dizer que, em seu voto, havia feito a resslava de que dois peritos da Polícia Federal haviam feitos interpretações favoráveis aos contratos do BB com a DNA.

O ministro Ayres Brtito indicou, com imagens inusitadas, que irá acompanhar o pedido já feito pelo ministro Cezar Peluso de fixar penas de prisão para os réus. "!Há um gosto de berinjela crua no céu da boca do magistrado que determina uma pena de restrição de liberdade", disse.

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Antes de passar a palavra para o relator Joaquim Barbosa, que, às 15h40, anunciou que "a inicial acusatória foi integralmente recebida", referindo-se ao ítem 5 da denúncia, o presidente Ayres Britto fez uma apuração provisória dos votos dados até então.

Assista ao julgamento ao vivo pela TV JustiçaAbaixo, notícia anterior:

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247 - Ex-candidato a deputado federal pelo PT da Paraíba, a convite de Luiz Inácio Lula da Silva, em 1990, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto dá nesta quinta-feira 30 seu voto na Ação Penal 470, pronunciando-se sobre as acusações que pesam sobre o núcleo publicitário. Será o sepultamento, em definitivo, de suas últimas ligações com o PT. Espera, afinal, um voto duro no processo que envolver diratamente a primeira gferação de líderes do partido. Sessão em curso.

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