Ações de educação disparam na B3 com primeiro passo do governo para mudar Fies

Investidores celebraram a criação do grupo de trabalho que vai realizar diagnósticos sobre a situação atual do Fies e apresentar propostas e cronograma para estudos sobre o fundo



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Reuters - O Ministério da Educação publicou nesta quarta-feira portaria criando o grupo de trabalho para promover estudos técnicos relacionados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que deve passar por modificações em breve, o que apoiava as ações de ensino superior na B3.

Por volta de 13:50, os papéis da Yduqs disparavam 12,02%, a 7,55 reais, enquanto as ações da Cogna saltavam 10,89%, a 2,24 reais, liderando os ganhos do Ibovespa, que avançava 2,06%.

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Fora do índice, Anima tinha elevação de 14,68%, a 3,75 reais, Ser Educacional subia 5,8%, a 4,01 reais, e Cruzeiro do Sul ganhava 5,78%, a 3,11 reais.

Na visão dos analistas Leandro Bastos e Renan Prata, do Citi, um "empurrão mais ousado em um 'novo Fies'" continua sendo o principal risco de alta para as ações de ensino superior no Brasil no curto prazo.

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Em relatório enviado a clientes mais cedo, eles destacaram que, embora o novo governo já tenha dado diferentes sinalizações sobre a reativação do Fies, a portaria parece ser a primeira medida concreta nesse sentido, o que pode sugerir que mudanças podem ocorrer no curto prazo.

"Dito isso, os novos termos - por exemplo, incluindo ensino a distância, coparticipação, juros -, condições - por exemplo, nota mínima do Enem, teto de renda familiar - e escala seguirão sendo fundamentais para avaliar possíveis implicações."

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Conforme a portaria no Diário Oficial da União, o grupo, no âmbito da Secretaria-Executiva do MEC, deverá realizar diagnósticos sobre a situação atual do Fies e apresentar propostas e cronograma para estudos sobre o fundo. A expectativa é que o grupo comece a se reunir na próxima semana.

"Essa foi uma determinação do presidente Lula. Há uma inadimplência alta em relação ao Fies hoje. Alguns pontos importantes serão avaliados nessa nova discussão", destacou o ministro da Educação, Camilo Santana, em comunicado publicado no site da pasta.

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A educação foi uma das bandeiras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua campanha ao Palácio do Planalto.

Entre as questões que devem ser reavaliadas estão o limite de financiamento e a desburocratização do Programa. A intenção, segundo o comunicado do MEC, é que o Fies seja 100% digital a partir da próxima edição. O valor do teto de alguns cursos, como o caso de medicina, também será discutido.

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O grupo terá um prazo de duração de 180 dias, que poderá ser alterado.

VISÃO CAUTELOSA

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Mesmo avaliando que a recorrência das manchetes do Fies possa naturalmente continuar a melhorar o sentimento em torno do setor de educação, os analistas do Citi afirmam que ainda têm uma visão mais cautelosa.

Bastos e Prata consideram que, provavelmente, seria necessário um grande empurrão fiscal para promover mudanças significativas, enquanto sua execução não seja necessariamente "um passeio no parque".

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Eles citam como potenciais dificuldades os filtros qualitativos e requisitos de renda, burocracia, restrições fiscais e histórico de alta inadimplência do programa, entre outros.

Além disso, acrescentaram, com o benefício da retrospectiva hoje, um grande impulso do Fies provavelmente seria visto como não sustentável a longo prazo, "o que poderia impedir as empresas de aumentar agressivamente a exposição mais uma vez".

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