Acidente da Gol: parentes cobram punição

Sete anos depois do acidente com avião da Gol atingido por um jato, parentes e amigos das vítimas se reuniram para cobrar punição dos pilotos americanos responsáveis pela tragédia. 154 pessoas morreram em 2006.

Sete anos depois do acidente com avião da Gol atingido por um jato, parentes e amigos das vítimas se reuniram para cobrar punição dos pilotos americanos responsáveis pela tragédia. 154 pessoas morreram em 2006.
Sete anos depois do acidente com avião da Gol atingido por um jato, parentes e amigos das vítimas se reuniram para cobrar punição dos pilotos americanos responsáveis pela tragédia. 154 pessoas morreram em 2006. (Foto: Voney Malta)


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Ivan Richard/Repórter da Agência Brasil-Brasília - Passados sete anos do acidente com o voo 1907, da Gol, que em 2006 foi atingido por um jato Legacy, matando 154 pessoas, parentes e amigos das vítimas se reuniram hoje (29), em Brasília, para cobrar punição efetiva dos pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino. A Associação dos Familiares e Amigos do Voo 1907 também fez doação de alimentos e material escolar.

Em outubro do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) condenou os pilotos a pena de três anos, um mês e dez dias de prisão em regime semiaberto. A decisão mudou a condenação anterior, da Justiça Federal em Sinop (MT), de quatro anos e quatro meses em regime semiaberto, pena que acabou sendo transformada em prestação de serviços comunitários. Os representantes das vítimas recorreram e aguardam julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Para a diretora da associação, Rosane Gutajhr, os parentes das vítimas só conseguirão superar a dor quando o “ciclo” for encerrado. “Acredito que todos os familiares só vão poder retomar suas vidas, mesmo que mutiladas, depois que essa ferida for cicatrizada e esse ciclo for fechado com a punição aos pilotos”, disse àagência Brasil.

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Segundo Rosane, a doação de alimentos e material escolar é uma forma de tentar transformar a dor em algo positivo. “Depois de sete anos, é um sentimento de saudade, de dor e de indignação, tudo misturado. Sentimos saudade e dor, e estamos tentando transformar a indignação em um gesto positivo e também pedindo que não deixem o caso prescrever na área criminal, que aumentem a pena para esses pilotos. Eles levaram três anos [de prisão em regime semiaberto] e quem rouba um pote de margarina pega três anos. Eles mataram 154 pessoas”, criticou Rosane.

No total, 154 cestas básicas serão repassadas para o Lar Casa de Ismael, em Brasília, e 154 kits de material escolar serão doados para a Escola de Educação Profissional Rolf Gutjahr, em Porto Alegre. O nome da instituição é uma homenagem a Rolf Gutjahr, um dos mortos no acidente da Gol.
 
De acordo com Rosane, a associação vai acionar a Corte Interamericana de Direitos Humanos para cobrar a punição aos pilotos norte-americanos. “Ela pode ser acionada pelos governos ou por particulares, por meio de entidades. A associação está denunciando os Estados Unidos por não respeitarem o acordo na área penal firmado com o Brasil.”

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