80 procuradores querem Demóstenes fora do MP

Grupo de promotores e procuradores entraram com representação no Conselho Nacional do Ministério Público alegando que o ex-senador responde a processo na Justiça e que vínculos com Carlos Cachoeira viraram argumento para defesa de réus em ações propostas pelo órgão de Goiás

80 procuradores querem Demóstenes fora do MP
80 procuradores querem Demóstenes fora do MP (Foto: Alan Marques/Folhapress)


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247 - Um grupo composto por pouco mais de 80 promotores e procuradores do Ministério Púbico de Goiás remeteram na manhã desta segunda-feira 27 uma representação ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM) solicitando o afastamento do colega e ex-senador Demóstenes Torres, cassado por seus vínculos com o contraventor Carlinhos Cachoeira.

Os autores do pedido argumentam que o suposto envolvimento de Demóstenes no esquema começa a interferir na atuação de toda a instituição. É o caso de uma empresa, ré em um processo, que argumentou em sua defesa as relações de proximidade entre o ex-senador e o contraventor. No pedido de afastamento, os promotores também elencam o processo aberto no Supremo Tribunal Federal e remetido ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região e mesmo o processo de cassação de Demóstenes.

A representação solicita ainda o ex-senador seja investigado também pelo Conselho Nacional do Ministério Público - uma sindicância foi aberta em 13 de julho no MP-GO, mas Demóstenes não é investigado pelo Conselho - e a abetura de um processo administrativo disciplinar contra Demóstenes. Segundo a assessoria de imprensa do CNMP, o pedido ainda não foi analisado no órgão e, por isso, ainda não há detalhes sobre o que consta do conteúdo.

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Reportagem publicada pelo jornal O Globo, antes de a representação ser protocolada no órgão, informa que os colegas que assinam o pedido se sentem constrangidos com o retorno do ex-parlamentar goiano ao Ministério Público do Estado. Segundo o jornal carioca, dois dos três procuradores de Justiça designados para integrar a comissão responsável pela sindicância no órgão estadual já declararam apoio a Demóstenes.

Os autores da representação temem também a influência do procurador-geral de Justiça em Goiás, Benedito Torres, que é irmão de Demóstenes. Torres está sendo investigado pelo CNMP devido a citações em conversas telefônicas utilizadas na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, deflagrada em fevereiro deste ano e responsável pela prisão de Cachoeira.

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Segundo O Globo, Demóstenes Torres já proferiu despachos em processos que tramitam no Tribunal de Justiça do estado de Goiás. Opinou em ações cujos réus são um suposto batedor de carteira e um acusado de revender drogas para um morador de rua, entre outros.

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