58% são contra descriminalização da maconha
Prevista para ser julgada na próxima quinta-feira 13 pelo Supremo Tribunal Federal, medida que propõe a descriminalização da maconha e de outras drogas não recebe o apoio de metade da população brasileira, aponta pesquisa nacional realizado pela agência Hello Research; dos 58%, 47% são totalmente contrários e 11%, parcialmente; quando se trata de outras drogas, a parcela da população contrária sobe para 65%
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247 - Prevista para ser julgada na próxima quinta-feira 13 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a medida que prevê a descriminalização da maconha e de outras drogas possui o apoio de menos da metade da população brasileira, segundo levantamento nacional realizado pela agência de pesquisas de mercado Hello Research.
De acordo com a mostra, 58% dos brasileiros são contrários à descriminalização da maconha – sendo 47% totalmente contrários e 11%, parcialmente. Quando se trata de outras drogas, o porcentual da população contrário sobe para 65%.
A pesquisa ouviu presencialmente mil pessoas com mais de 16 anos de todas as classes sociais em 70 cidades de todas as regiões do País. A margem de erro é de três pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%.
Os ministros do STF vão analisar um recurso apresentado por uma pessoa flagrada com pequena quantidade de maconha questionando a constitucionalidade da lei que fixa o porte de drogas como crime. Esse é um dos processos mais polêmicos em discussão no tribunal e começou a tramitar em 2011. O relator do caso é o ministro Gilmar Mendes.
O levantamento mostrou que as pessoas totalmente favoráveis à proposta representam apenas 20% dos entrevistados. Os parcialmente favoráveis somam 7%. Aqueles que não são nem a favor e nem contra possuem 12%. Apenas 3% não responderam à pergunta.
Índice é ainda maior para outras drogas
Quando o assunto é a descriminalização para outras drogas, como cocaína e crack, a rejeição é ainda maior. 65% são contrários, sendo 57% totalmente e 8%, parcialmente. O número é mais expressivo entre pessoas com mais de 45 anos a 59 anos e moradores do Norte e Centro-Oeste.
Já os totalmente favoráveis caíram para 16% e os que não são nem a favor nem contra permanecem estáveis, com 11%. Os parcialmente contrários têm 8% e é mais forte com jovens de 16 a 24 anos, enquanto que os parcialmente favoráveis possuem 6% - apenas 2% dos entrevistados não responderam.
"A questão que envolve a descriminalização das drogas é muito polêmica e incita reflexões na sociedade civil e no governo. A pesquisa reforça a necessidade de debates, para a troca de opiniões diversas", comenta Davi Bertoncello, diretor executivo da Hello Research.
Com informações da Hello Research
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