“5% é tão baixo que não abro mão da minha dignidade”

Afirmação é do presidente da Federação Nacional dos Policiais, Marcus Wink; ele garante que vai cumprir a decisão do STJ e suspender as operações-padrões, mas só depois de ser notificado

“5% é tão baixo que não abro mão da minha dignidade”
“5% é tão baixo que não abro mão da minha dignidade” (Foto: Agência Brasil_Divulgação)


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Andressa Anholete _Brasília 247

– A população brasileira ficou feliz com a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em determinar a ilegalidade das operações-padrões da Polícia Federal (PF) em aeroportos e rodovias. Mas também temerosa, afinal vários sindicatos continuam com os movimentos mesmo precisando pagar multas, neste caso, avaliada em R$ 200 mil por dia. O presidente da Federação Nacional dos Policiais (Fenapef), Marcus Wink, garantiu que a entidade vai seguir as determinações judiciais.

Por enquanto, isso não significa que as operações estão suspensas. O sindicato, até as 12h desta sexta-feira 17, ainda não tinha sido notificado. Wink explica que depois de receber oficialmente a decisão, os advogados da categoria vão avaliar o que o STJ entende por operação-padrão, e assim definir as próximas medidas.

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O sindicalista reconhece que as ações causam transtorno. "Peço desculpas à população, mas o movimento cumpriu o papel de chamar a atenção do governo", afirma. Ele conta que o diálogo sobre as reivindicações da categoria acontecem há cerca de 900 dias.

"Nós temos questões muito mais importantes que o simples aumento salarial. Queremos a reestruturação da carreira. Somos uma categoria de nível superior e recebemos como nível médio", explica Wink. Nas negociações de terça-feira 14 com o Ministério do Planejamento, o presidente detalha que chegou a propor que a categoria não recebesse reajuste em 2013, para conseguir em um acordo para os anos de 2014 e 2015. "5% é tão baixo que não abro mão da minha dignidade. Esse aumento puro e simples nós não vamos aceitar", garante.

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A próxima reunião está marcada para terça-feira 21, às 20h. Marcus vê abertura do Ministério do Planejamento para a negociação, e considera que o impasse estaria no Ministério da Justiça. "Os delegados federais pressionam o ministro da Justiça e ele sucumbe frente a esta pressão, logo o Planejamento tem dificuldade em fazer essa negociação conosco", explica o sindicalista que acredita que os delegados temem uma quebra de hierarquia com o aumento salarial dos agentes. "Não quero ganhar igual a eles (delegados), queremos uma tabela de reajuste igual ao de outras categorias", resume o presidente da Fenapef

Nesta sexta-feira 17, o movimento está normal no Aeroporto Internacional de Brasília, por outro lado, a entrega e emissão de passaportes estão suspensas.

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