Witzel queimou dois coelhos com uma cajadada só
O jornalista Alex Solnik considera que, Witzel, "como juiz que foi, sabia muito bem que Bolsonaro seria considerado suspeito de ordenar a queima de arquivo, por ser Adriano testemunha fundamental dos casos Marielle Franco e rachadinha de Flávio Bolsonaro e pela relação de 17 anos com a famįlia". "Ao queimar Adriano, Witzel também queimou Bolsonaro", acrescenta
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia
De acordo com análises de legistas que examinaram as fotos da autópsia, o miliciano Adriano da Nóbrega foi, sem dúvida, executado. Trata-se de queima de arquivo. A quem interessava queimá-lo é a questão.
Logo de cara é possível constatar que quem não tinha nenhum interesse nisso era o governador da Bahia. Nem poder de influir na operação.
Afinal, quem pediu ajuda na caçada ao miliciano à polícia da Bahia foi a polícia carioca, do que se infere que ela chefiou a ação.
Excluído Rui Costa do rol dos interessados, dois outros nomes despontam. Witzel e Bolsonaro.
É verdade que o silêncio de Adriano interessava ao presidente da República, mas não o escândalo que acabou ocorrendo. Interessava que ele sumisse para sempre, mas sem deixar rastros, principalmente rastros de sangue.
Também interessava dar-lhe certa proteção, para ele não pensar em qualquer tipo de vingança, o que ficou explicitado na lista dos mais procurados do ministro Sérgio Moro, na qual ele não entrou.
Como todos sabem, Moro atua como protetor de Bolsonaro e faz todas suas vontades.
Estes, mais o fato de que Witzel é quem controla a polícia carioca e transformou caça a bandidos em plataforma eleitoral convergem para a conclusão de que o maior interessado na execução do miliciano era ele.
Marcaria pontos junto ao eleitorado que advoga que "bandido bom é bandido morto" e desgastaria Bolsonaro, com quem almeja disputar a presidência em 2022.
Ele, como juiz que foi, sabia muito bem que Bolsonaro seria considerado suspeito de ordenar a queima de arquivo, por ser Adriano testemunha fundamental dos casos Marielle Franco e rachadinha de Flávio Bolsonaro e pela relação de 17 anos com a famįlia.
Ao queimar Adriano, Witzel também queimou Bolsonaro.
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