Voto útil contra Bolsonaro é Haddad

Colunista Alex Solnik destaca o crescimento rápido de Fernando Haddad nas pesquisas; "Como a campanha é muito curta, o primeiro turno está sendo encarado pelo eleitor como segundo. A permanência de Bolsonaro na liderança é sinal de que o voto útil contra o PT já pode ter começado", avalia; para ele, a vantagem de Haddad e precisar apenas "comunicar que ele é o eleito de Lula. E isso já está ocorrendo com êxito"; "Não será um segundo turno entre petistas e tucanos e sim entre o candidato da ditadura militar e o candidato da democracia", afirma Solnik; vídeo

Voto útil contra Bolsonaro é Haddad
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Haddad é a grande novidade da eleição. A cara nova. Os outros estão na briga desde 31 de agosto, ele entrou agora. Por isso gera mais curiosidade e expectativa. O fator surpresa, ao lado do fator Lula está impulsionando Haddad de forma irresistível. Foi quem mais subiu nas pesquisas. Em uma semana foi de 4% para 13% no Datafolha. Com tendência de alta. Seu teto é de 30%, que é o tamanho do eleitorado petista. A primeira vítima de sua irresistível ascensão foi Marina. Caiu de 16% para 8%. Ciro ainda resiste, mas parou de crescer. Será ultrapassado por Haddad na próxima pesquisa.

Como a campanha é muito curta, o primeiro turno está sendo encarado pelo eleitor como segundo. A permanência de Bolsonaro na liderança é sinal de que o voto útil contra o PT já pode ter começado. Ele é o candidato do PSDB sem ser tucano. Ou seja, sequestrou os votos que foram de Aécio em 2014. Isso ocorreu porque o discurso aecista, de que o PT era uma organização criminosa caiu no vácuo quando ele foi grampeado na conversa com Joesley. O eleitor tucano encontrou outro antipetista na figura de Bolsonaro. Alckmin tenta se recuperar puxando o voto útil, mas não consegue porque está longe da liderança. E sem estar na liderança ninguém puxa voto útil. Ele só pode ser beneficiado se Bolsonaro desistir de concorrer devido às sequelas da facada.

Haddad chega com o handicap de ter na retaguarda o maior partido, o segundo maior tempo de TV e o melhor cabo eleitoral. Na disputa com ele, Ciro sai perdendo: não tem partido forte, não tem aliados, não tem tempo de TV.

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Deverá começar, nos próximos dias, o voto útil contra Bolsonaro. E vai ficar claro que voto útil contra Bolsonaro é Haddad porque Ciro não tem como subir. Seu gogó já deu o que tinha que dar. As pesquisas do segundo turno que o colocam como quem pode derrotar Bolsonaro são precipitadas. O eleitor está decidindo o primeiro turno e não o segundo.

A vantagem de Haddad é que a sua campanha não precisa mostrar grandes propostas, só comunicar que ele é o eleito de Lula. E isso já está ocorrendo com êxito.

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De uma forma ou de outra está se decantando o quadro eleitoral do segundo turno de 2014, dividido entre o PT e o PSDB, entre Dilma e Aécio.

Haddad é Dilma e Bolsonaro é Aécio.

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No segundo turno a grande fragilidade de Bolsonaro vai ficar exposta: ele não tem partido nem aliados políticos importantes. E a maior rejeição. Como não terá o apoio formal do PSDB, como Aécio em 2014, e sim de parte dos tucanos que votaram em Aécio, vai morrer na praia.

Não será um segundo turno entre petistas e tucanos e sim entre o candidato da ditadura militar e o candidato da democracia.

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