Voto útil anti-Bolsonaro pode eleger Haddad no primeiro turno

"O cenário, a 12 dias da eleição, é amplamente favorável a Haddad. Seu principal adversário parou de crescer e ele continua subindo", escreve o colunista Alex Solnik; "A denúncia de ameaça de morte à ex-mulher vai afetá-lo ainda mais. É a segunda facada", afirma o jornalista em referência a Jair Bolsonaro (PSL); "E o pior para Bolsonaro é que não dá para duvidar da acusação porque combina perfeitamente com tudo o que ele disse e fez depois em relação às mulheres"

Voto útil anti-Bolsonaro pode eleger Haddad no primeiro turno
Voto útil anti-Bolsonaro pode eleger Haddad no primeiro turno (Foto: Esq.: Adriano Machado - Reuters / Dir.: Stuckert)


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O cenário, a 12 dias da eleição, é amplamente favorável a Haddad. Seu principal adversário parou de crescer e ele continua subindo. O último Ibope lhe dá 22% contra 28% de Bolsonaro. Haddad tende a crescer mais, impulsionado por Lula, por seu próprio desempenho e por ser o anti-Bolsonaro. Bolsonaro não tem como crescer: está sob ataque cerrado de Alckmin, das mulheres, dos artistas, das torcidas, dos judeus e das lambanças de Mourão e do posto Ipiranga.

A denúncia de ameaça de morte à ex-mulher vai afetá-lo ainda mais. É a segunda facada. Ela minimiza o episódio agora, mas há um documento oficial do Itamaraty no qual ela afirma que viajou à Europa por ter recebido ameaças de morte de Bolsonaro, então deputado federal. O fato de terem se reconciliado depois – sabe-se lá por quais interesses - e hoje ela use o seu sobrenome em campanha eleitoral não apaga as ameaças do passado.

E o pior para Bolsonaro é que não dá para duvidar da acusação porque combina perfeitamente com tudo o que ele disse e fez depois em relação às mulheres.

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O novo Ibope mostrou Haddad com 43% contra 37% de Bolsonaro no segundo turno. Nulos 15% e 4% não responderam. A transferência de votos dos perdedores é muito maior para o petista que para o nazista.

Dos eleitores de Ciro, 67% optam por Haddad e 14% por Bolsonaro. Dos de Alckmin, 49% para Haddad e 34% para Bolsonaro. Dos de Marina, 53% para Haddad e 25% para Bolsonaro.

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Resumo da ópera: Haddad recebe 15 pontos dos perdedores (8 de Ciro, 4 de Alckmin e 3 de Marina) e Bolsonaro apenas 7. A grosso modo, Haddad tem 43% graças aos 28% dele (que terá no dia 7 no ritmo que as pesquisas apontam) e 15% vindos de ciristas, alckmistas e marinistas e Bolsonaro tem 37% em razão dos seus 30% (que tem hoje) e 7% que recebe de eleitores dos candidatos perdedores.

Se os pontos do segundo turno fossem acrescentados a Haddad e Bolsonaro hoje, estaria 37% a 35% para Haddad. E o primeiro está em alta e o segundo, estagnado.

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Esse é o cenário descrito pelo Ibope de anteontem: vitória de Haddad com folga no segundo turno.

Outro cenário possível: caso haja uma onda pelo voto útil contra Bolsonaro perto do dia da eleição, e os eleitores de Ciro, Alckmin e Marina resolvam se dividir entre os dois líderes, Haddad que deverá estar então próximo de 30%, poderá se eleger no primeiro turno com os 15 pontos de Ciro, Alckmin e Marina.

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