Volta do PAC, rebatizado como Pró-Brasil, é a derrota definitiva de Paulo Guedes
"Guedes tem razão em lamentar sua derrota. Sim, é a volta do modelo do governo Dilma – e este é o único caminho para reativar a economia. Aumentar a despesa pública é crucial justamente porque não há nem haverá investimento privado nos próximos anos", diz o jornalista Leonardo Attuch, editor do 247
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Ironicamente, os generais brasileiros que embarcaram na aventura golpista de 2016, liderada pelo PSDB e pelo MDB para afastar a ex-presidente Dilma Rousseff, agora terão que resgatar as ideias e os métodos de Dilma para tirar o Brasil do atoleiro.
A prova disso ocorreu no fim da tarde desta quarta-feira 22, quando foi lançado o "Pró-Brasil", também chamado de 'Plano Marshall brasileiro', e que nada mais é do que a volta do PAC, o Plano de Aceleração do Crescimento, que foi capitaneado pela então ministra Dilma Rousseff. Ela comandava a área de Minas e Energia no segundo mandato do ex-presidente Lula e, como "mãe do PAC", viabilizou sua candidatura presidencial em 2010.
O novo PAC, com R$ 300 bilhões em investimentos, dos quais R$ 250 bilhões em concessões privadas e R$ 50 bilhões em gastos públicos em infraestrutura, também terá um "pai". Será o general Braga Netto, ministro da Casa Civil, que a cada dia que passa se consolida como "presidente operacional". O 'Posto Ipiranga' Paulo Guedes, por sua vez, se opôs ao programa, alegando que é a volta do modelo Dilma.
Guedes tem razão em lamentar sua derrota. Sim, é a volta do modelo do Dilma – e este é o único caminho para reativar a economia. Aumentar a despesa pública é crucial justamente porque não há nem haverá investimento privado nos próximos anos. O que falta agora é afastar de vez não apenas Paulo Guedes, como todo seu pacote de ideias neoliberais que apodreceram.
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