Você sabe o que é um produto orgânico. Se não sabia, vai ficar sabendo

“Quem pensa orgânico segue ideias fundamentadas numa disciplina chamada agroecologia, que busca alcançar uma visão holística da agricultura, indo na contramão das práticas convencionais”



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A Organis, entidade setorial dos orgânicos, acaba de lançar um e-book em que explica tim-tim por tim-tim tudo o que você precisa saber sobre o assunto. O e-book é gratuito e pode ser baixado do site da Organis (organis.org.br). 

“Nosso objetivo”, diz Cobi Cruz, diretor da Organis e autor do trabalho, “é proporcionar uma visão abrangente sobre o universo dos orgânicos, despertando o interesse para uma causa que ganha novos adeptos a cada dia e está movimentando diversos segmentos da nossa economia”.

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O e-book começa com uma questão: quando alguém pergunta o que é um produto orgânico você sabe responder?

Normalmente, a resposta é mais ou menos a seguinte: produto orgânico é aquele cultivado sem agrotóxicos e sem adubos químicos, de um jeito bem natural e descomplicado, e sem grandes preocupações técnicas, como se fazia antigamente em qualquer chácara ou sítio.

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A resposta correta não é essa, mas muita gente acredita nessa versão simplificada – e equivocada! É muito comum ouvir pessoas dizendo coisas como: “Pode comer essa cenoura tranquilo, porque ela é orgânica. Foi cultivada lá no quintal do Seu João”. Ou ainda: “Minhas galinhas são orgânicas, pois são criadas soltas e só comem coisas naturais”.

Mas não é bem assim que a banda toca. “Produto orgânico é aquele obtido dentro de um sistema orgânico de produção agropecuária – ou extrativista sustentável – que beneficie o ecossistema local, proteja os recursos naturais, respeite as características socioeconômicas e culturais da comunidade local, preserve os direitos dos trabalhadores envolvidos e não utilize organismos geneticamente modificados nem químicos sintéticos”. sem o cultivo de transgênicos; sem o uso de agrotóxicos ou outras substâncias sintéticas”. Agrotóxico e fertilizante sintético, nem pensar.

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É o que está na Lei 10.831, de dezembro de 2003, que regula a agricultura orgânica no Brasil e que indica a existência de várias condições exigidas para que um produto seja considerado orgânico – além de não usar venenos nem adubos químicos, é claro. 

Com base nos critérios dessa lei, o Ministério da Agricultura emite um selo, atestando que ele foi produzido dentro dos parâmetros exigidos. Portanto, só é orgânico aquele produto que possui o selo. Produzir orgânicos é tarefa para profissionais, com conhecimento técnico, experiência e motivação empreendedora.

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Sustentabilidade

O sistema orgânico é diferente do sistema convencional, pois prioriza a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente. Existe, portanto, uma preocupação com o meio ambiente.

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“Para obter a certificação de orgânico, o produtor deve fazer uso racional dos recursos naturais e empregar, de preferência, energias renováveis. Também deve preservar a fauna e a flora locais, promover o uso saudável do solo, reciclar resíduos e manter uma série de outras práticas ecológicas, do começo ao fim da produção”

Há, também, uma preocupação socioeconômica. Por exemplo, cuidar para que as comunidades também colham os benefícios sociais gerados com sua atividade econômica é o objetivo maior de quem acredita nas práticas orgânicas.

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No e-book, o leitor vai descobrir que orgânico não é moda passageira. “Nos supermercados, a sessão de frutas, legumes e verduras já está repleta de produtos orgânicos, assim como as gôndolas dedicadas aos alimentos processados. No setor de serviços, já há muitos restaurantes dedicados a servir pratos orgânicos. Na internet, são vários os sites de e-commerce especializados em orgânicos”.

Outra questão que o e-book aborda é o preço do orgânico, normalmente mais caro do que o produto convencional. “Orgânico não é só desculpa para cobrar mais caro. Trabalhar com um sistema orgânico de produção agropecuária não é simples. Ao contrário, exige muito esforço e uma considerável soma de investimentos”.

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Agroecologia

“Quem pensa orgânico segue ideias fundamentadas numa disciplina chamada agroecologia, que busca alcançar uma visão holística da agricultura, indo na contramão das práticas convencionais.”

“O termo orgânico é um guarda-chuva que abriga várias correntes, como agricultura ecológica, biodinâmica, natural, regenerativa, biológica, agroecológica, permacultura, sintrópica... Todas sujeitas à mesma lei de orgânicos e todas trabalhando com conceitos ecológicos.”

Crescimento ano a ano 

Entre 2016 e 2019, houve um aumento de mais de 50% no número de unidades produtivas de orgânicos no Brasil. Segundo o Ministério da Agricultura, já está na casa das 22 mil unidades cadastradas.

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