VIP e RIP
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A turma do personnalité que vestiu a boiada de amarelo para dar o golpe, que defendeu que as reformas da previdência e trabalhista eram essenciais para salvar o país, agora estão com a barraquinha montada para vender a ideia de que se os empresários furarem a fila e comprarem vacinas em detrimento do SUS, estarão fazendo um bem para o restante da população.
É o Brasil do camarote, do atendimento personalizado, do cartão corporativo, dos influentes e privilegiados que pisam no freio de arrumação de maneira histórica, porém não compreendida pelos obedientes que andam com a cabeça entre as pernas, votam em participante de reality, aplaudem jogador bolsonarista, consomem desinformação de telejornal.
A Câmara dos deputados aprovou o texto que é base da PL que permite que empresas comprem vacinas, o texto será encaminhado ao senado e, se aprovado, irá para a sanção do presidente da república. O Projeto de Lei é uma verdadeira farra das vacinas.
Como as vacinas compradas não precisarão de registro no Brasil, os empresários não terão que repassar parte da compra para o Sistema Único de Saúde, o SUS.
Gonzalo Vecina, sanitarista e ex-presidente da Anvisa disse que essa ação é imoral: “É uma imoralidade você conseguir antecipar sua vacinação porque tem dinheiro. Quem tem dinheiro toma a vacina antes. É isso que estamos propondo? Quem tem dinheiro pode qualquer coisa e quem não tem fica na fila? Vamos instalar a barbárie no Brasil?”
A barbárie está em curso, basta acompanhar a evolução do número de mortes pela Covid-19, a ausência de políticas sanitárias eficazes, o descaso do governo diante da pandemia. E, agora, a prerrogativa e a prioridade dada aos milionários da classe VIP em contraponto ao abandono da classe RIP.
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