Quanto à proposta do fim das cotas raciais, Fernando Holiday explica que “há muito tempo venho encampando este debate, porque acredito que elas reforçam o racismo ao invés de ajudar os negros”. Repetindo um chavão das elites, ele alega que defende a tal “meritocracia” e que é contrário a qualquer política pública afirmativa. Eleito pelo DEM – partido que teve a sua origem na sanguinária ditadura militar –, o cínico vereador também afirma que apresentará um projeto para proibir homenagens a ditadores em sessões solenes na Câmara Municipal. “Já protestei contra uma homenagem que fizeram a Fidel Castro em uma sessão solene”, afirma o provocador fascista.
Como se observa, Fernando Holiday é um típico capitão do mato. Para quem não conhece esta história, reproduzo a explicação do Wikipédia:
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O capitão do mato era na origem um empregado público da última categoria encarregado de reprimir os pequenos delitos ocorridos no campo. Na sociedade escravocrata do Brasil, a tarefa principal ficou a de capturar os escravos fugitivos. O termo capitão do mato passou a incluir aqueles que, moradores da cidade ou dos interiores das províncias, capturavam fugitivos para depois entregá-los aos seus amos mediante prêmio. Os capitães do mato gozavam de pouquíssimo prestígio social, seja entre os cativos que tinham neles os seus inimigos naturais, seja na sociedade escravocrata, que os considerava inferiores até aos praças de polícia, e os suspeitava de sequestrar escravos apanhados ao acaso, esperando vê-los declarados em fuga para depois devolvê-los como recompensa.
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