Verdadeiro paredão no Brasil
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O recorde de votação e audiência do último BBB, em que foi eliminada a Karol Conká transcende todas as interpretações que podemos fazer sobre as necessidades do país nesse momento. Não podemos deixar pra lá! Será que é uma autoindulgência congênita? Passamos de geração para geração? É como o profissional liberal que cobra menos para não passar nota fiscal que não se considera sonegador. Que país queremos? Será que queremos um desmonte completo das instituições, falência da ética e crescimento da fome? Não cultuo o cancelamento do programa das massas, mas proponho um Big Brother que podemos ter a participação mais efetiva nas decisões e com recorde de atuação do povo. Senão vejamos:
Não é só a Karol Conká que estesteve no paredão. A Petrobras, a Eletrobras, os Correios, a Saúde e a Educação, a vacinação e o auxílio emergencial também estão. A intervenção de Bolsonaro na Petrobras faz investidores estrangeiros correrem para as montanhas. Perdeu 100 bilhões de seu valor. Nada justifica o desmonte de uma empresa símbolo do Brasil a décadas. As interferências do presidente já chegaram ao cúmulo de pedir dinheiro para financiar redes de TV evangélicas. Parece que a mão invisível do mercado não é tão invisível assim.
Ironia. Bolsonaro fez uma cena para entregar ao Congresso a privatização da Eletrobrás, para tentar conter a sangria desandada da intervenção na Petrobras. A mesma privatização do setor elétrico que acabou em 15 dias de apagão no Amapá e quem teve que resolver o problema foi nossa estatal. Segundo Linda Hutcheon, em seu livro chamado Teoria e política da ironia, fala: “a cena de ironia envolve relações de poder baseada em relações de comunicação”. Condicionado a isso, Guedes armou a PEC do auxílio, condicionando PEC ao desmonte para privatizar a Eletrobrás. E lembre-se que a entrega da energia, também é a entrega da vazão dos nossos rios, da nossa água.
Além do Serpro e Datapreve, os Correios estão na mira faz tempo. O desmonte proposital da empresa, que as lendas urbanas e o senso comum desvirtuam a realidade leva para as ruas, acabou gerando um sentimento na população de que o correio tem que ser privatizado a qualquer custo. Regiões onde o Correio é também a única agência bancária estarão à mercê de poucos que se locupletam apenas do lucro. Tudo será apenas lucro para a empresa que irá controlar como ter que pagar uns 100 reais ou mais de frete para transportadoras de sua encomenda. Ou seja, vai ficar menos acessível pra quem é pobre.
O que dizer sobre a Saúde pública? Está vivenciando o maior caos de sua história. Um governo que deveria está compenetrado na vacinação e para as mortes e casos no país, que já está vivenciando a segunda cepa do vírus, está à deriva. Queriam privatizar até a vacina. Não contentes em furar fila, a elite do nosso país conseguiu colocar uma prensa no Ministério da Saúde para que o sistema privado pudesse comprar vacinas. A privatização das vacinas na MP 1026 foi derrubada com muita luta. Vacinação é obrigação do estado, do SUS. Vacina não pode ser privilégio. É um direito de todos.
A PEC Emergencial para voltar ao auxílio emergencial, que salvou a população mais oprimida por um período e foi eliminada no meio da pandemia, gerou incômodos para o governo que propôs torar recursos financeiros da já tão combalida saúde e a educação.
Sim. Todos estão no paredão. Se Karol Conká recebeu 99,17%, qual será a votação desses emparedados?
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