Verbas públicas para Globo aumentaram 63% em 2017

Uma pesquisa feita hoje pelo Cafezinho junto ao banco de dados da Secom, cujos dados são abertos, verificou que somente os gastos publicitários da presidência da república e dos ministérios, na Globo, sem considerar a publicidade das estatais, que permanece em sigilo, totalizaram R$ 52 milhões em 2017, um aumento de 63% sobre o ano anterior, e de 77% sobre 2015



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Do Cafezinho

(Ao lançar novo escritório de "jornalismo", os irmãos Marinho brindaram com nosso dinheiro).

– João Doria também ganhou presentinhos do governo federal (ver ao final do post).

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A grande imprensa golpista, como todos já sabem, esqueceu completamente de monitorar os gastos federais com publicidade. Durante a era Lula, a mesma imprensa passava o pente fino, todos os meses, na publicidade federal, caçando investimentos na mídia alternativa.

Cabia à Folha, em particular, este triste papel, sempre tentando produzir sensacionalismo com as migalhas que o então governo, acuado pela própria mídia, investia em alguns veículos "não-alinhados" à narrativa golpista. Chegava a ser quase engraçado. Os jornalistas descobriam que os governos Lula e Dilma tinham torrado bilhões de reais na Globo, mas a manchete era sempre para as verbas mixurucas que iam para um grupo reduzido de blogs, desde sempre estigmatizados como "pró-PT" (a mídia tucana jamais chamaria a si mesma de "mídia anti-PT", ou mídia pró-PSDB").

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Assim que houve o golpe, a primeira medida do governo Temer foi cancelar qualquer verba de publicidade destinada à mídia alternativa. A ilegalidade não incomodou os cavalheiros do STF, nem o Ministério Público, até porque cabe a mídia alternativa o papel de fazer a crítica à meganhagem entranhada nas instituições do sistema de justiça.

Folha, Globo e Estadão publicavam e republicavam a decisão de Temer de criar uma "lista negra": a partir de então, somente os grandes veículos passaram a receber recursos federais.

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Uma pesquisa feita hoje pelo Cafezinho junto ao banco de dados da Secom, cujos dados são abertos, verificou que somente os gastos publicitários da presidência da república e dos ministérios, na Globo, sem considerar a publicidade das estatais, que permanece em sigilo, totalizaram R$ 52 milhões em 2017, um aumento de 63% sobre o ano anterior, e de 77% sobre 2015.

Os valores são líquidos, ou seja, já descontados os tributos.

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Segundo especialistas ouvidos pelo blog, quando os recursos das estatais forem computados, esses números devem se multiplicar por quatro ou cinco.

Conforme anunciado oficialmente ao final do ano passado, o governo Temer decidiu cortar investimentos em áreas essenciais da saúde pública. As despesas com saneamento básico, por exemplo, deverão sofrer um corte extremamente brutal, passando de R$ 1,4 bilhão em 2017 para R$ 16,5 milhões (sic) em 2018.

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Os recursos repassados às universidades, para pesquisa e tecnologia, para saúde, educação, infra-estrutura, estão sofrente cortes radicais no governo Temer.

Em se tratando da Globo, porém, dinheiro não falta.

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PS: O banco de dados da Secom revela ainda que a Lide, revista de João Doria, prefeito de São Paulo, ganhou dois presentes generosos do governo federal: em junho de 2017, foram pagos R$ 61.718; em julho, mais R$ 42.594. Ambos são valores líquidos, já descontados os impostos. Esses valores correspondem exclusivamente aos gastos da presidência da república e ministérios. Não contabilizam as estatais. De maneira que, se as estatais forem contabilizadas, essas despesas podem se multiplicar por quatro ou cinco.

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