Vamos todos juntos reconstruir o Brasil

"Propomos um projeto nacional de desenvolvimento justo, solidário, criativo, soberano e sustentável", diz o ex-ministro Aloizio Mercadante

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gleisi Hoffmann, Geraldo Alckmin e Carlos Siqueira
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gleisi Hoffmann, Geraldo Alckmin e Carlos Siqueira (Foto: Ricardo Stuckert)


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Por Aloizio Mercadante

Os sete partidos que compõem a coligação “Vamos Juntos pelo Brasil” — PT, PCdoB, PV, PSOL, PSB, Solidariedade e Rede — apresentaram ao povo brasileiro, na última semana, as diretrizes do programa de governo da candidatura Lula-Alckmin. A partir do diálogo e do entendimento, chegamos a uma ampla convergência programática e consolidamos a unidade sobre propostas que conformam as bases para a reconstrução do Brasil.

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O documento reafirma valores e compromissos históricos dos nossos partidos, como a defesa da soberania e do patrimônio do povo brasileiro e o profundo respeito à democracia e aos valores civilizatórios expressos na Constituição de 1988. Ao mesmo tempo, dialoga com desafios contemporâneos da humanidade, como a grave crise climática, o compromisso com a sustentabilidade e com a sociedade do conhecimento, a inclusão tecnológica e a transição energética.

Além disso, aponta caminhos estruturantes para superarmos as crises social e econômica, que assolam o país de forma profunda desde o Golpe de 2016. O Brasil de Bolsonaro retirou o povo do orçamento, deixando como legado mais de 33 milhões de famintos, uma legião de mortos pela pandemia de Covid-19, uma inflação de mais de dois dígitos, que corrói a renda, especialmente dos mais pobres, e uma taxa de juros elevada que acelera a inadimplência que já atinge 66 milhões de brasileiros e brasileiras.

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Por isso, nossas diretrizes contemplam, por exemplo, a necessidade da geração de emprego e de renda a partir da retomada dos investimentos em infraestrutura, da reindustrialização nacional em novas bases tecnológicas e ambientais e do estímulo à economia solidária, à economia criativa e à economia baseada na biodiversidade, além do apoio ao cooperativismo, ao empreendedorismo e às micro e pequenas empresas. Também o resgate da política de valorização do salário-mínimo e de um novo Bolsa Família. Acreditamos que essas alternativas são o caminho para começarmos a resgatar o poder de compra do povo e garantirmos renda compatível com as atuais urgências da população.

O que propomos é um projeto nacional de desenvolvimento justo, solidário, criativo, soberano e sustentável, diferente do modelo neoliberal que levou o país ao atraso e ao caos social em que se encontra. Nossas diretrizes deixam claro que precisamos reconstruir um Estado forte, comprometido com a estabilidade e a sustentabilidade financeira, mas reafirmamos a necessidade de revogarmos o desacreditado teto de gastos que não existe em nenhum país desenvolvido, de avançarmos em uma reforma tributária solidária, justa e sustentável que simplifique tributos, reduza a carga de impostos indiretos e promova a progressividade, e de lançarmos mão de estratégias mais amplas e consistentes de combate à inflação.

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Nosso projeto de país soberano passa pela recomposição do papel indutor e coordenador do Estado e das empresas estatais. Ainda, pelo respeito ao novo federalismo, a recuperação de uma política externa ativa e altiva, de retomada do processo de integração latino americana, agora fortalecido pela vitória arrasadora das forças democráticas e progressistas. Temos compromisso com a defesa intransigente do Estado Democrático de Direito e com a restauração de todas as instâncias de participação social e do avanço em mecanismos de governança democrática e controle social.

O próximo passo é a mobilização e a ampliação da participação popular na construção do nosso plano de governo. Para isso, lançamos a plataforma “Juntos pelo Brasil”, que recebeu mais de 2 mil sugestões no primeiro dia funcionando. Recebemos propostas dos mais diversos temas que refletem desde posicionamentos individuais, até propostas que sempre foram bandeiras dos movimentos populares.

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Temas como energia, sustentabilidade, combate à fome, distribuição de renda, controle da inflação, defesa das empresas estatais, geração de emprego e educação são até agora os mais populares.

Além disso, nas primeiras 24h, a plataforma recebeu mais de 50 mil visitas e foram realizados mais de 5 mil downloads do documento completo de Diretrizes para o Programa de Reconstrução e Transformação do Brasil, o que dá a dimensão do interesse crescente pelas nossas propostas.

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A expectativa é que a plataforma amplie o engajamento para que a base social da coligação se aproprie das propostas contempladas no programa de governo e se envolva de fato na construção coletiva do nosso projeto. Em paralelo a isso, serão abertas mesas de diálogo da coordenação nacional do programa com entidades nacionais, para avançar no processo de construção programática.

Não tenho dúvidas que o resultado desse esforço coletivo será um plano de governo moderno que resgate o legado exitoso dos governos do PT e dos partidos aliados, sintético, portador de futuro e inovador.  Da mesma forma, estou seguro, como apontam todas as pesquisas eleitorais, que liderados por Lula, apoiados pela nossa militância aguerrida e apaixonada e sustentados por uma ampla base democrática, seremos capazes de conquistar uma extraordinária vitória nas eleições.

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Em janeiro, o reencontro de Lula com o povo se dará em uma gigantesca festa popular, com o maior líder político da história do Brasil subindo a rampa do Palácio do Planalto e colocando a faixa presidencial no peito pela terceira vez para deflagrar um amplo movimento pacífico e democrático de reconstrução do Brasil. 

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