Vamos separar o joio do trigo
Separar o joio nesse momento significa apoio irrestrito à democracia, apoio às instituições, apoio irrestrito a Dilma Rousseff presidente a quem foi conferido democraticamente um mandato popular
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Em tempos de trevas, em que até Chico Buarque e Cacá Diegues são provocados e ofendidos na saída de um restaurante, no "progressista" bairro do Leblon no Rio de Janeiro, por alguns jovens cheios de certezas (pobre daqueles que têm apenas certezas), um amigo ao ler a notícia sobre o constrangimento imposto ao Chico comentou despretensiosamente:
"a Lava-Jato quer pegar o Lula, esse é o objetivo impublicável. Mas essa sanha insana e infundada tem criado subprodutos inesperados, um deles é o ódio, e mais, ela [a Lava-Jato] tem revelado à sociedade que boa parte dos políticos, com e sem mandato, muitos deles no PMDB e do PSDB tem - ou terão - problemas sérios com a Justiça e não apenas os petistas"
e completou:
"há um sentimento de ira dessa gente [os políticos e outros malfeitores] contra Dilma, pois ela de forma republicana não interfere em nada para impedir que as investigações cheguem a quem quer que seja; e eles esperavam que ela os protegesse...".
Noutras palavras a conduta republicana da presidente estaria sendo um elemento de unificação dos malfeitores travestidos de políticos, empresários e banqueiros, na visão desse meu pessimista amigo.
Não posso negar que é interessante a hipótese, pois evidentemente as forças do mal caminham solidárias, mas não há apenas malfeitores no mundo...
Na política, no mundo empresarial e no mundo financeiro, ao contrário do que tentam nos convencer, há mais brasileiros honrados e honestos, patriotas do que canalhas da estirpe de Aécio Neves e Eduardo Cunha e outros herdeiros da UDN, assim como a sociedade permanente em movimento cidadanista é o centro de gravidade do desenvolvimento social e econômico, é o centro de onde emerge a verdadeira justiça.
Por isso é chegado o momento das escolhas, o momento de separar o joio do trigo, como na parábola que o Padre Geraldo Azevedo nos ensinou, a mim e a minha irmã Roberta, durante a preparação para a nossa Primeira Comunhão. Vamos relembrar essa parábola? Na parábola do joio e do trigo, um homem de bem plantou sementes de trigo no seu campo, mas o inimigo plantou joio no mesmo campo. O trigo e o joio começaram a crescer juntos, sugeriram ao homem que ele arrancasse o joio. Mas ele decidiu não fazê-lo, ele deixou o joio crescer junto com o trigo até a colheita, quando o trigo foi recolhido e o joio foi separado e queimado. O momento é de colheita, o momento é de separar e queimar o joio.
Os honestos são como o trigo e os desonestos o joio, é possível eles conviverem por algum tempo, pois "o campo é o mundo", mas é chegado o momento de o joio ser arrancado e queimado.
E separar o joio nesse momento significa apoio irrestrito à democracia, apoio às instituições, apoio irrestrito a Dilma Rousseff presidente a quem foi conferido democraticamente um mandato popular e porque as razões do pedido de impeachment são fundadas em interesses impublicáveis e regadas a ressentimentos pessoais e projetos pessoais de discutível idoneidade, além, naturalmente, de serem, no mérito, inconsistentes e improcedentes as razões do pedido.
Mas e o Chico Buarque? Bem, ele sabe que a ela cabe seguir ajudando a separar o joio do trigo e os incautos que o constrangeram ainda vão arrepender-se profundamente, pois a verdade triunfa sempre.
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