Vacina já!

Mais de 40 países já começaram a vacinar sua população contra a Covid-19. Na América Latina, Argentina, Chile e México anunciaram o início da imunização. Enquanto isso, no Brasil, o presidente da República, com apoio das suas “Fofas Amadas”, nega a atual crise sanitária, dissemina mentiras e questiona a eficácia das vacinas em uma permanente campanha de desinformação



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Mais de 40 países já começaram a vacinar sua população contra a Covid-19. Na América Latina, Argentina, Chile e México anunciaram o início da imunização. Enquanto isso, no Brasil, o presidente da República, com apoio das suas “Fofas Amadas”, nega a atual crise sanitária, dissemina mentiras e questiona a eficácia das vacinas em uma permanente campanha de desinformação.

No inferno da pandemia, Bolsonaro é o capetão do caos. Suas declarações muitas vezes se apresentam como contraditórias, oscilando como uma biruta de aeroporto ao sabor do vento da opinião pública. Atualmente, percebendo que será responsabilizado pelo atraso em oferecer uma solução à crise, Bolsonaro culpa a tudo e a todos pela demora na vacinação: as empresas não quiseram vender a vacina, não submeteram o pedido de registro à ANVISA, os governadores destruíram a economia com as restrições e muitos outros argumentos do nível blábláblá whiska sachê que só servem para jogar uma cortina de fumaça sobre sua responsabilidade diante da inação do governo em relação à crise e o consequente atraso no planejamento e execução de medidas médicas e sanitárias para conter a pandemia.

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Enquanto centenas morrem todos os dias vítimas de Covid-19, Bolsonaro, o capetão do caos, segue promovendo aglomerações, desrespeitando as orientações das autoridades sanitárias e contribuindo para a disseminação do vírus. Cínico, chamou os brasileiros de “Maricas” ao dizer que deveríamos enfrentar a doença tal qual ele o fez. Como se todos os brasileiros tivessem acesso ao nível de atendimento médico que ele teve. Mas Bolsonaro não se importa, ele não pensa, não sente. Pisa na terra e não a sente, apenas vaga disseminando o ódio. Segue esticando a corda sem perceber que ela está amarrada ao próprio pescoço. Cedo ou tarde, a conta do morticínio virá para ele e também para as Fofas Amadas e seus generais, corresponsáveis pela atual situação de vergonha e tragédia que o país enfrenta.

Pesquisas recentes mostraram que a expectativa de vida do brasileiro vai cair 2 anos, por conta da pandemia. Desde 1940 não se registra uma queda tão significativa. Dois anos de expectativa de vida é o que o país demorou seis anos para conquistar. Ou seja, em um ano de pandemia perdemos tudo o que demoramos seis anos para adquirir em termos de qualidade de vida e longevidade. O número de mortes é tão avassalador e significativo que, a depender do tempo que demorar até a vacinação, pode ser que continuemos perdendo na expectativa de longevidade populacional.A vacinação é uma questão de saúde pública que envolve toda a população, sem exceção. Se até agora há divergências sobre as melhores táticas que devem ser utilizadas na oposição ao governo, é preciso concordar que sem a vacina estamos todos condenados à miséria, à convulsão social e à morte. É preciso um movimento de união nacional, um amplo arco de aliança, que envolva os partidos da esquerda e da direita, mas também os movimentos sociais, entidades representativas da sociedade civil organizada, figuras artísticas e políticas que se unam em torno de uma campanha nacional pela vacinação em massa da população brasileira: “Vacina já! para salvar vidas e retomar o crescimento econômico”. O governo deve dar explicações do porquê insiste em atrasar o início da vacinação e responder às consequências caso insista em praticar a atual e abjeta necropolítica. É preciso utilizar todos os recursos dos quais dispomos, principalmente a capacidade de organizar manifestações via rede sociais. Sem a vacina não é viável convocar manifestações de rua e esse é mais um motivo que torna premente a vacinação em massa (talvez, também, uma das causas que leva Bolsonaro a trabalhar para atrasar a imunização da população, o receio de aglomerações populares contra o governo). O Congresso Nacional, assim como o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal, devem acolher às manifestações da população e as representações jurídicas em torno do tema, formando um uníssono em torno da vacinação gratuita e ampla de toda a população, mas também em nome do marco civilizatório e das conquistas adquiridas após a Constituição de 1988. É preciso dar um basta ao negacionismo e à demência do atual governo. Em 2021, a palavra de ordem precisa ser coesa e unívoca: Vacina Já!

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