Uma verba em nome de Deus

Milton Ribeiro, ministro da Educação
Milton Ribeiro, ministro da Educação (Foto: ISAC NOBREGA/PR)


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Depois de uma longa permanência como Ministro da Educação à frente do governo Bolsonaro, depois das passagens trágicas do colombiano Ricardo Vélez, que assumiu pouco tempo e enfrentou Bolsonaristas, queria reformular livros de história e pôs os alunos para cantar novamente o hino nacional. Projeto concreto para educação não fez. Abraham Weintraub entrou com muita fúria e ódio aos comunistas, trabalhando nas redes sociais, provocou tumultos e lutou com atos antidemocráticos ao STF. Projeto concreto para educação não fez. Logo depois, entrou Carlos Decotelli de forma meteórica com poucas horas no cargo, devido a mentiras em seu currículo Lattes. Projeto concreto para educação, é claro, não fez. Por último, o pastor evangélico Milton Ribeiro, que até agora, colecionou problemas. Projeto concreto para educação, até agora, não fez.

Milton Ribeiro, já declarou que universidade é para poucos. E mais uma vez, incomodando o fato da população mais carente poder alcançar uma universidade pública. Ele defende que haja mais escolas técnicas para esse público. Já declarou que crianças com deficiência atrapalhavam as demais. Mais uma forma de exclusão, agora com os menos favorecidos. O acesso dessas crianças a um grupo mais heterogêneo já foi provado que consegue elevar seu potencial e ao mesmo tempo ensino sobre inclusão a todos. Já declarou que gays tem famílias desajustadas. Todas as falas embaraçosas mostram que a pauta de atuação é com as de costumes. Projeto concreto para educação não existe.

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E o mais recente escândalo, os crimes de corrupção na pasta, com improbidade e negociação de verbas que saíram à jato para amigos pastores, a mando de Bolsonaro. Agora, o MENSALÃO DO MEC é o esquema bilionário mais claro, em detrimento da carência da situação da educação brasileira. O favorecimento para fins pessoais de pastores e destinadas a Igrejas Evangélicas a mando do presidente Jair Bolsonaro que será convidado a falar sobre o assunto. 

A lua-de-mel entre O presidente e os evangélicos foi um projeto de poder, que começou décadas atrás. E esse projeto encontrou nesse momento, o candidato que estava em ascensão naquele momento surfando na onda ultraconservadora da candidatura Bolsonaro. Existe um projeto de poder pentecostal que estava se desenhando para alçar maiores coberturas de seus domínios religiosos. Um dos pilares que ainda sustenta o presidente, mesmo com diversos crimes cometidos e mais de 130 pedidos de impeachment e pedidos até no Tribunal de Haia, é o da bancada evangélica. 

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Bolsonaro tem uma agenda que priorizam essa camada evangélica mais radical e vai tentar salvar seu ministro preferido, além dos pastores que fazem a ponte do dinheiro da corrupção, com lobby nas prefeituras que apoiam Bolsonaro. Vão tentar diminuir essa temperatura desse crime, por causa do ano de eleição, mas é mais um fato para o debate nacional durante um tempo. O estrago já foi feito no meio evangélico que terá um racha no apoio. Sua imagem de paladino da corrupção cada vez derrete mais entre seus apoiadores, onde o próprio presidente pensa em deixar de visitar seu costumeiro cercadinho diário. “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.” 1 Timóteo 6:9

De acordo com alguns evangélicos, alguns desses personagens Vão arder no mármore do inferno, prefiro ficar com a frase de Matheus: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” Ou você segue Bolsonaro ou o amor de Deus. Os dois não dá.

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