Uma singular lição de Marcio Thomaz Bastos

Oportuna lição de Marcio Thomaz Bastos quando se verifica que nosso poder judiciário se esvai entre os generosos holofotes midiáticos na perseguição ideológica de seus oponentes. Às favas com o devido processo legal para alguns e a benevolência delinquente para outros

jurista Marcio Thomaz Bastos
jurista Marcio Thomaz Bastos (Foto: Henrique Matthiesen)


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Um dos grandes criminalistas que o Brasil teve no século XX Marcio Thomaz Bastos sintetizou como ninguém o significado de advogado, em um país cuja justiça se desvenda como celetista, partidária e tendenciosa.

Controverso muitas vezes foi defensor do golpe militar em 1964 e Ministro da Justiça do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Responsável pela reestruturação da Polícia Federal, bem como pela aprovação da Emenda Constitucional 45 (reforma do Poder Judiciário), e pelo Estatuto do Desarmamento, assim como pela homologação das terras indígenas, Raposa Serra do Sol.

Mas, seu grande destaque está na advocacia. Em casos de grande repercussão nacional; foi advogado de acusação do assassinato do índio Galdino Jesus dos Santos, morto após ser queimado em Brasília, advogou como defensor do bicheiro Carlinhos Cachoeira, defendeu também o médico Roger Abdelmassih, participou da acusação contra Pimenta Neves, assim como foi parte na incriminação contra os assassinos de Chico Mendes, dentre outros.

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Influente e competente, certa vez disse:

"O bom advogado conhece as leis.

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Um ótimo advogado conhece as leis e os juízes.

Um excelente advogado conhece as leis, os juízes e os desembargadores.

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Um extraordinário advogado conhece as leis, os juízes, os desembargadores, e os Ministros do STF."

Dentro dessa conjectura, podemos acrescentar:

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Um formidável advogado conhece as leis, os juízes, os desembargadores, os Ministros do STF, e indica a filiação partidária para seu cliente, de preferência o PMDB ou o PSDB.

Oportuna lição de Marcio Thomaz Bastos quando se verifica que nosso poder judiciário se esvai entre os generosos holofotes midiáticos na perseguição ideológica de seus oponentes.

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Às favas com o devido processo legal para alguns e a benevolência delinquente para outros.

Faz-nos refletir outro grande jurista, Ruy Barbosa, que sentenciou:

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"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça.

De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e ater vergonha de ser honesto."

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Este é o Brasil da obscuridade judicial e da incredulidade de seu povo nas instituições.

 

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