Uma reflexão para antes da urna

Peço licença para trocar meus habituais comentários sobre cinema nesta coluna por uma reflexão mais diretamente política

Urna eletrônica
Urna eletrônica (Foto: José Cruz/Arquivo/Agência Brasil)


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Neste domingo vamos realizar uma das eleições mais dramáticas dos últimos tempos no Brasil. Dessa vez, não se trata apenas de escolher entre candidatos e propostas de governo, mas de optar pela civilização ou pela barbárie. Temos a oportunidade de defenestrar sumariamente o governante mais torpe, tosco e cruel de toda a vida democrática brasileira (excluídos os presidentes militares). 

E por que devemos fazer isso já no dia 2 de outubro?

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Por diversas razões.

A primeira é porque temos uma situação extremamente polarizada, em que o nosso futuro próximo estará nas mãos de um dos dois candidatos isolados no topo da preferência popular. Não há terceira via à vista. Daí que, seja no primeiro ou no segundo turno, a vitória estará com Lula ou com o Inominável. 

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Em eleições menos polarizadas, é natural que o primeiro turno sirva para afirmarmos nossas opções livremente, em busca de levar os melhores para a segunda etapa. Mas esta não é uma eleição corriqueira. Cerca de um terço dos brasileiros parecem entorpecidos pelo ódio, o ressentimento ou interesses escusos, assim optando por reeleger a figura monstruosa que hoje se aloja no Planalto. Cabe aos outros dois terços zelar pelo bem do país combatendo a influência malévola que dali emana.

Um segundo turno só nos traria dissabores, mais violência e gastos inúteis, uma vez que o resultado já está dado. Entre os dias 2 e 30 de outubro, muita coisa ruim poderá acontecer se o resultado das urnas ainda estiver pendente. Entre elas, o risco de um golpe ou de alguma "virada" no eleitorado provocada por mentiras e outras estratégias vis que são características do bolsonarismo.

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Daí que venho convidar os leitores que ainda pretendam votar em candidatos já desprovidos de chances reais, ou mesmo os que planejam anular seu voto, a refletirem sobre essa encruzilhada difícil em que estamos. Aqueles que não se simpatizam com o PT ou com o Lula, mas tampouco se afinam com o governo atual, devem pensar que a candidatura Lula-Alckmin é uma soma, não uma divisão. Essa chapa é a única capaz de restituir nossa dignidade e nos fazer respirar de novo depois desses quatro anos de sufocamento em vários sentidos. 

Fazer oposição a um governo democrático é sempre muito melhor do que enfrentar um governo autoritário e demente.

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Vamos no domingo dar uma chance a nós mesmos. Como disse o jurista Pedro Serrano na semana passada, na hora de votar nós seremos mais que nós. Cada um de nós será todos os que desejamos viver sob a égide do amor, da justiça social e da alegria de termos uma nação em vez de uma câmara de horrores. 

Para instruções e lembretes gerais sobre o dia da votação, consulte aqui.

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