Uma reflexão para antes da urna
Peço licença para trocar meus habituais comentários sobre cinema nesta coluna por uma reflexão mais diretamente política
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Neste domingo vamos realizar uma das eleições mais dramáticas dos últimos tempos no Brasil. Dessa vez, não se trata apenas de escolher entre candidatos e propostas de governo, mas de optar pela civilização ou pela barbárie. Temos a oportunidade de defenestrar sumariamente o governante mais torpe, tosco e cruel de toda a vida democrática brasileira (excluídos os presidentes militares).
E por que devemos fazer isso já no dia 2 de outubro?
Por diversas razões.
A primeira é porque temos uma situação extremamente polarizada, em que o nosso futuro próximo estará nas mãos de um dos dois candidatos isolados no topo da preferência popular. Não há terceira via à vista. Daí que, seja no primeiro ou no segundo turno, a vitória estará com Lula ou com o Inominável.
Em eleições menos polarizadas, é natural que o primeiro turno sirva para afirmarmos nossas opções livremente, em busca de levar os melhores para a segunda etapa. Mas esta não é uma eleição corriqueira. Cerca de um terço dos brasileiros parecem entorpecidos pelo ódio, o ressentimento ou interesses escusos, assim optando por reeleger a figura monstruosa que hoje se aloja no Planalto. Cabe aos outros dois terços zelar pelo bem do país combatendo a influência malévola que dali emana.
Um segundo turno só nos traria dissabores, mais violência e gastos inúteis, uma vez que o resultado já está dado. Entre os dias 2 e 30 de outubro, muita coisa ruim poderá acontecer se o resultado das urnas ainda estiver pendente. Entre elas, o risco de um golpe ou de alguma "virada" no eleitorado provocada por mentiras e outras estratégias vis que são características do bolsonarismo.
Daí que venho convidar os leitores que ainda pretendam votar em candidatos já desprovidos de chances reais, ou mesmo os que planejam anular seu voto, a refletirem sobre essa encruzilhada difícil em que estamos. Aqueles que não se simpatizam com o PT ou com o Lula, mas tampouco se afinam com o governo atual, devem pensar que a candidatura Lula-Alckmin é uma soma, não uma divisão. Essa chapa é a única capaz de restituir nossa dignidade e nos fazer respirar de novo depois desses quatro anos de sufocamento em vários sentidos.
Fazer oposição a um governo democrático é sempre muito melhor do que enfrentar um governo autoritário e demente.
Vamos no domingo dar uma chance a nós mesmos. Como disse o jurista Pedro Serrano na semana passada, na hora de votar nós seremos mais que nós. Cada um de nós será todos os que desejamos viver sob a égide do amor, da justiça social e da alegria de termos uma nação em vez de uma câmara de horrores.
Para instruções e lembretes gerais sobre o dia da votação, consulte aqui.
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