Uma questão não abordada no caso "a cabeleira do Renan"
Brasília tem problemas sérios de atendimento médico. Por que não mandar para lá um lote de cubanos?
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O assunto da cabeleira do Renan tem um aspecto que ainda não foi explorado.
O da carência de atendimento médico na Capital da República, especialmente em se tratando da medicina capilar, a especialidade que mais aflige a categoria dos homens.
Um senador da República - e mais do que isso, o presidente do Senado Federal, ter de se deslocar de Brasília à Maceió, nas Alagoas, para implantar meia dúzia de fios no seu topete, é a demonstração cabal da insuficiência e/ou ineficiência de todo o sistema médico brasiliense.
Faltam médicos em Brasília!
Pelo menos é o que se pode concluir da atitude corajosa do senador Calheiros de requisitar um avião da FAB para resolver o problema no seu torrão natal.
Dirão os eternos conformistas: mas não se tratava de um caso de urgência. Ele poderia esperar e consultar um médico de Brasília.
Qual médico? Quem?
Se Brasília tivesse uma estrutura confiável no aspecto saúde não teríamos essa romaria de autoridades doentes, ou supostamente doentes, até o Sírio-Libanês, em São Paulo.
Quando eu morava em Brasília a situação era outra, muito diferente.
Eu fui operado de catarata no HBO e até hoje, mais de uma década depois, todos os oculistas que eu consulto dizem: "Puxa...Sua catarata ficou excelente, onde você operou?" Eu respondo sempre: "Foi um japonês que era uma fera. Metade de Brasília fez catarata com ele".
Bom, outros tempos, ou "altri tempi", diria o Mino Carta.
Examinemos agora a questão da urgência.
Se o senador Renan achava urgente completar sua vasta cabeleira, é porque era urgente, pô. O senador é quem sabe quando uma coisa pode ou não ser adiada.
Imagine o Brasil passar três, quatro, cinco dias, sem ter no leme do Senado Federal a firmeza de um Renan Calheiros para tomar decisões.
O País ficaria à deriva, nau sem rumo, folha de outono ao sabor do vento.
E para aqueles que acham que eu apenas faço críticas sem propor soluções, no caso, eu tenho uma solução: enviar para Brasília um nutrido lote de médicos cubanos.
Problemas de alojamento - já que os cubanos não poderiam pagar o que o mercado brasiliense exige, inexiste.
Basta que se aprove, na base do rolo compressor como soe acontecer, uma emenda autorizando os médicos cubanos a residirem nas dezenas de apartamentos vagos - ou melhor, abandonados - pelos parlamentares, sejam senadores ou deputados.
Temos vários nessa situação na Capital Federal.
Os médicos cubanos iriam adorar. Os apartamentos, chamados de "funcionais", têm 4 dormitórios, de modo que poderiam abrigar um contingente razoável de doutores, na base de 2 por apartamento.
Outra solução - sempre para aqueles que criticam as minhas críticas, seria simplesmente o Legislativo dissolver seus departamentos médicos, e substituí-los por médicos cubanos.
Aos demitidos seria assegurado o salário integral, como se na ativa estivessem, o que evitaria eventuais futuros problemas com a Justiça.
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