Uma mídia lesa-pátria
Essa mídia trata os EUA como São Jorge, quando é o verdadeiro dragão
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Os meios de comunicação dominantes no Brasil, notadamente a partir da Globo, sempre foram contra a democracia e contra o desenvolvimento soberano do país.
A Petrobrás foi criada no governo Getúlio Vargas, apesar da resistência da mídia.
A posse do Jango se deu graças ao Brizola, apesar dessa mídia.
Exemplos marcantes!
Por essa imprensa corporativa o Estado não teria proporcionado e nem induzido a criação de tantas empresas estratégicas que foram e são essências ao desenvolvimento econômico do país.
Esse papel do Estado foi e é em todo o mundo!
O que não é comum em todos os países é ter um Baco Central que trabalha contra o governo eleito pelo povo, contra o desenvolvimento nacional, contra a indústria, o comércio e a agricultura, contra a classe média.
Em 2019 a taxa passou de 6,5% para 2% , numa tacada só, e no presente em que a SELIC está em 13,75 %, quer manter e reduzir aos pouquinhos, e quando, só ele sabe.
Criam expectativas inflacionárias pessimistas para justificar juros de lesa-economia.
A mídia nativa, com raras e gloriosas exceções, desde os primórdios, foi e é defensora de que é o capital externo que deve nortear o desenvolvimento do país.
Primeiro Portugal, depois a Inglaterra, em seguida os EUA.
É a postura do viralatismo como crença ideológica.
Nessa contenda, a esquerda não deve se acovardar, que se exponha e defenda a sua visão de mundo e o sistema econômico-social alternativo ao capitalismo predatório.
Com a queda do mundo de Berlim e da pretensa teoria do fim da história, a perplexidade e o silêncio plasmaram com material anestésico as vozes da esquerda.
Excomungaram conceitos como o de luta de classes, socialismo, imperialismo, revisionismo, reformismo, ficou démodé usar essas expressões, considerados pelos pós marxistas, pelas pós verdades, como anacrônicas.
Reavivaram ilusões como a de transformar o sistema pelo sistema, a conciliação e o peleguismo, nas vestes do republicanismo do bom mocismo, assumiram fachadas pseudos transformadoras e os descontentes da esquerda a esse transformismo resuscitaram o anarquismo e o moralismo pequeno burguês.
A formação e organização política – atividade permanente na luta de classes – foi marginalizada pelos partidos e pelos intelectuais formadores de opinião, lembradas após as crises com lamento e pseudos autocríticas.
Uma das características do fascismo é agitar as massas contra o sistema. Como a esquerda marginalizou a luta contra o sistema, o terreno ficou livre para o bolsonarismo praticar esse engodo e atrair parcela incauta da população. Até as ruas ocuparam!
Num incêndio ou se joga água ou gasolina, dependendo do objetivo.
A histeria dessa mídia, pirilampa dos EUA, quanto a desdolarização do comércio internacional e em relação ao conflito Rússia x Ucrânia, jogam a favor da gasolina.
O presidente da Ucrânia, Zelensky, é como um cotoco de vela, se não colocarem mais cera se apaga. Vai, pois, exigir o impossível para encerrar a guerra, à custa do aumento da tragédia do povo ucraniano e da tensão mundial.
O conflito do ponto de vista militar é entre a OTAN, leia EUA, e a Rússia. A Ucrânia serve como palco de operações e laboratório de tecnologia das armas.
Sem as armas fornecidas pelos EUA e Europa, é muito presumível que um pacto de paz poderia ter sido alcançado, sem a destruição ocorrida até o presente.
A esta altura um acordo de paz, qualquer que seja, será uma derrota para Joe Biden e Zelensky.
Lula é sobretudo um pragmático em prol dos interesses do país, sem viés ideológico. Como a história dele, como sindicalista, parlamentar, chefe de partido e de governo, demonstra.
A Rússia invadiu a Ucrânia. Verdade. E quantos países os EUA invadiram, quantos golpes fomentaram? E a mídia tratou como natural!
A locomotiva da história não tem marcha a ré, mas tem retrovisor!
O livro do cineasta americano Oliver Stone, As Entrevistas de Putin, cujas conversas deram origem ao documentário, leva o leitor ou expectador a visualizar que o objetivo da OTAN era fazer da Ucrânia cabeça de ponte para uma guerra com a Rússia.
A condenação de A ou B não é o caminho mais adequado para a mediação de um acordo de paz.
Lula está na rota certa.
A mídia corporativa fez parte do golpe de 64 e do de 2016. Os EUA também. São corresponsáveis pelas barbáries que acometeram o país e o povo brasileiro.
A empresa Globo não tem moral para opinar, sem isenção, porque foi parida pelos dólares norte-americanos.
Pequenos e ridículos são os jornalistas do ponto eletrônico, que nunca administraram nem um carrinho de pipoca e trabalham numa empresa que está há muito tempo no vermelho contábil, palpitar de maneira tão rasa e nervosa em prol do “faremos todos o que o Tio Sam mandar”, só ultraja o já combalido jornalismo.
Sem dó e piedade a Globo vai passando a barca das demissões, por não conseguir manter o seu elenco. Cai a qualidade, reduz a folha de pagamento, e em troca apresenta tão-somente uma cosmética juvenil, feminina e preta.
Enquanto o mundo caminha para o surgimento do novo - a organização multipolar, essa mídia de lesa-pátria e parcial se apega ao velho, anda para trás, com envelhecidos conceptos ideológicos e vassalagem ao decadente império estadunidense.
O que a mídia corporativa gosta é de destruir o patrimônio nacional, apoiar privatizações a preços vis para corporações alienígenas, como fizeram dolosamente com a Eletrobrás.
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