Uma hora decisiva: confronto ou guerra de desgaste?

"Há milhões e milhões de pessoas reunidas em torno dos outros partidos de esquerda, dos movimentos sociais, da luta nas periferias, das mulheres, negros e negras, nas comunidades de base das igrejas, nas escolas universidades. Há o MST, o MTST, a UNE, uma míriade de entidades. Essas pessoas irão ocupar as ruas, marcharão a São Bernardo?", questiona o jornalista Mauro Lopes; "Se a resposta às três perguntas for sim, então, nesta hora decisiva, é preciso montar barricadas ao redor do Sindicato em São Bernardo do Campo. Ir pra cima - como se diz. E contar com uma virada, com a manutenção da liberdade de Lula e um rearranjo fenomenal na correlação de forças que obrigue o STF a recuar e deixe Moro a ver navios"

"Há milhões e milhões de pessoas reunidas em torno dos outros partidos de esquerda, dos movimentos sociais, da luta nas periferias, das mulheres, negros e negras, nas comunidades de base das igrejas, nas escolas universidades. Há o MST, o MTST, a UNE, uma míriade de entidades. Essas pessoas irão ocupar as ruas, marcharão a São Bernardo?", questiona o jornalista Mauro Lopes; "Se a resposta às três perguntas for sim, então, nesta hora decisiva, é preciso montar barricadas ao redor do Sindicato em São Bernardo do Campo. Ir pra cima - como se diz. E contar com uma virada, com a manutenção da liberdade de Lula e um rearranjo fenomenal na correlação de forças que obrigue o STF a recuar e deixe Moro a ver navios"
"Há milhões e milhões de pessoas reunidas em torno dos outros partidos de esquerda, dos movimentos sociais, da luta nas periferias, das mulheres, negros e negras, nas comunidades de base das igrejas, nas escolas universidades. Há o MST, o MTST, a UNE, uma míriade de entidades. Essas pessoas irão ocupar as ruas, marcharão a São Bernardo?", questiona o jornalista Mauro Lopes; "Se a resposta às três perguntas for sim, então, nesta hora decisiva, é preciso montar barricadas ao redor do Sindicato em São Bernardo do Campo. Ir pra cima - como se diz. E contar com uma virada, com a manutenção da liberdade de Lula e um rearranjo fenomenal na correlação de forças que obrigue o STF a recuar e deixe Moro a ver navios" (Foto: Mauro Lopes)


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É muito simbólico que Lula tenha ido para sua casa (o útero), o Sindicato em São Bernardo do Campo, e que toda a mobilização de resistência à última e mais grave ofensiva do golpe depois da deposição de Dilma em 2016 tenha se dirigido na noite de ontem, quinta (5). Caravanas partiram na noite-madrugada de diversas cidades do Estado de São Paulo e de outros estados para São Bernardo.

O que fazer agora?

Creio que a resposta está no quanto o simbólico representado pela concentração em São Bernardo do Campo corresponde neste momento ao fio da história viva da luta operária, sindical e popular do fim dos últimos 40 anos - de 1970 para cá.

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Lula escolheu estar entre os seus. Não há ninguém que seja mais “de Lula” que os metalúrgicos do ABC. Pois bem. Eles irão mobilizar-se? Haverá greve ao menos nas fábricas mais icônicas do movimento operário que marcou o país - na Ford, GM, Volks?

Toda a cúpula do PT foi para São Bernardo -e o PT é a grande “criação” de Lula. São mais de 1,5 milhão de filiados no país. Eles sairão às ruas hoje para defender seu maior líder?

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Há milhões e milhões de pessoas reunidas em torno dos outros partidos de esquerda, dos movimentos sociais, da luta nas periferias, das mulheres, negros e negras, nas comunidades de base das igrejas, nas escolas universidades. Há o MST, o MTST, a UNE, uma míriade de entidades. Essas pessoas irão ocupar as ruas, marcharão a São Bernardo?

Se a resposta às três perguntas for SIM, então, nesta hora decisiva, é preciso montar barricadas ao redor do Sindicato em São Bernardo do Campo. Ir pra cima - como se diz. E contar com uma virada, com a manutenção da liberdade de Lula e um rearranjo fenomenal na correlação de forças que obrigue o STF a recuar e deixe Moro a ver navios.

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Se a resposta foi NÃO, então é preciso optar por uma estratégia de “guerra de desgaste”. As decisões nesta hora nesta hora decisiva prendem-se a questões que, em verdade,são menores, táticas político-imagéticas: Lula deve entregar-se em Curitiba ou esperar a PF em sua casa, como ele anunciou diversas vezes que faria? Deve ser acompanhado por líderes no momento da prisão? São atitudes que podem parecer fundamentais mas, na verdade, do ponto de vista do processo histórico, contam relativamente pouco. O curso geral de uma “guerra de desgaste” será o de buscar enfraquecer os inimigos no tempo, acumular forças, pensar nas eleições, num candidato viável da frente democrática, na soltura de Lula nos próximos meses ou em 2019.

Os discursos de diversos líderes do PT, de outros partidos de esquerda e dos movimentos sociais como o senador Lindbergh Farias, Guilherme Boulos e João Pedro Stédile apontam  para o confronto.

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Parece que Lula não “sente firmeza” na reação popular e em sua força efetiva e opta pela “guerra de desgaste”. Os advogados continuam sendo os líderes políticos do PT neste momento, com recursos sobre recursos, tão meritórios quanto ineficientes pois, em que pese a recente divisão do STF, o fato é que até agora o Judiciário tem sido um aríete do golpe.

É este o dilema da hora decisiva de 6 de abril de 2018. Confronto ou guerra de desgaste?

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