Uma banana para o preconceito

Sinceramente, não acredito que o deputado Jean Willys tenha afirmado nem mesmo algo parecido - que desistiria de sua candidatura se o Pastor Jefferson concorresse a deputado federal, como noticiou a Veja



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No dia 27 de abril último, o jogador brasileiro Daniel Alves fez uma jogada de mestre ao comer uma banana jogada em sua direção durante um jogo de futebol na Espanha.

Sua atitude repercutiu em todo o mundo, mostrando a criatividade e presença de espírito típicas do brasileiro. Com convicção, autoestima e humor, ele acabou com a força simbólica negativa que o ato do torcedor teve. Talvez nunca mais tenham coragem de jogar uma banana em campo na Europa.

Realmente a discussão sobre preconceito, seja ele de que ordem for, está na pauta do dia de todos nós.

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O Papa Francisco em sua visita ao Oriente Médio conclamou a todos pelo fim da intolerância religiosa. Frei Beto em um artigo publicado em um jornal de grande circulação afirma que "Preconceitos e discriminações não nascem na natureza. Brotam em nossas cabeças e contaminam as nossas almas."

Foi através da criação de preconceitos que Hitler justificou o extermínio de milhões de nós (judeus, ciganos, homossexuais, comunistas). Um de seus principais dogmas era:

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"Uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade."

Joseph Goebbels,

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Ministro de Propaganda de Hitler.

Como todos sabemos, a sociedade brasileira vem passando por profundas transformações provocadas seja pelo aumento do poder aquisitivo de um segmento que até aqui era marginalizado, seja devido as inúmeras novas possibilidades de comunicação, possibilitando a todos nós criar, registrar, produzir e difundir a informação / notícia, seja pelo amadurecimento de nossa democracia proporcionado pelos 29 anos sem ditadura!

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Eis que no meio de todo esse turbilhão, surge a revista Veja que, em sua coluna Radar on line de sexta feira, 23 de março, publicou uma nota em que o deputado federal do PSOL Jean Willys teria afirmado que se o Pastor Jefferson concorrer a deputado federal nas próximas eleições ele desistirá de sua candidatura.

Ora, seria trágico se não fosse cômico!

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O Pastor Jefferson é nosso parceiro de lutas, que disputará esse pleito para deputado federal não por ser pastor (o que efetivamente é!), mas por ser lutador, líder sindical, militante atuante do PSOL e que teve sua filiação feita pelo coletivo "PSOL do Povo", ao qual pertenço, e que foi um dos fundadores do PSOL.

Sinceramente, não acredito que o deputado Jean Willys tenha afirmado nem mesmo algo parecido, uma vez que ele vem a ser um dos expoentes na luta contra a intransigência, seja ela religiosa, por opção sexual, racial ou qualquer outra, no que aliás me alinho perfeitamente a ele, embora tenhamos discordâncias profundas quanto ao fazer e viver.

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Mais uma vez é a direita usando sua porta voz (a revista Veja) para tentar provocar discordâncias, brigas entre aqueles que verdadeiramente lutam pela parcela mais sofrida da população.

Mas de certa forma, isso mostra um lado positivo da nossa luta: nós estamos incomodando a eles! Mas podem ter certeza, no que depender de nós, cada vez mais vamos incomodar aos esses parasitas do povo brasileiro.

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Até a próxima!

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