Um projeto editorial de valorização da cultura nacional e das ideias democráticas

"Fundada em agosto de 2014, a Kotter Editorial, situada em Curitiba, tem firmado uma posição de destaque no mercado de livros no país. Em tempos de crescimento das ideias obscurantistas e retrógradas, a Kotter, mesmo fora do eixo São Paulo-Rio, opera um vasto leque de publicações, com os mais variados temas, navegando do mundo da literatura, da filosofia, ao debate político e social em curso no país", destaca o colunista Milton Alves



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Por Milton Alves

Fundada em agosto de 2014, a Kotter Editorial, situada em Curitiba, tem firmado uma posição de destaque no mercado de livros no país. Em tempos de crescimento das ideias obscurantistas e retrógradas, a Kotter, mesmo fora do eixo São Paulo-Rio, opera um vasto leque de publicações, com os mais variados temas, navegando do mundo da literatura, da filosofia, ao debate político e social em curso no país. A Kotter trabalha ainda com dois outros selos: A Sendas Edições e o Ninkotinha.

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Entre 2020 e 2021, a Kotter Editorial publicou mais de 160 títulos. Entre eles destacam-se: Nhe’enga a More Quixotesco, de Danilo Costa-Cobra Leite; Meu Pai, o Guru do Presidente, de Henry Bugalho; Nascer é um Incêndio ao Contrário, de Marcelo Ariel; A Revolução Burguesa no Brasil, de Florestan Fernandes; Minha Especialidade é Matar, de Henry Bugalho; Falando de Política Sem Politiquês, de Carlito Neto; Cláudio Guerra: Matar e Queimar, de Denise Assis; Lulismo Selvagem, de Rogério Skylab; Todos os Nomes que Talvez Tivéssemos, de Guilherme Gontijo Flores; A Saída é Pela Esquerda, de Milton Alves;  Debaixo das Rodas de um Automóvel, de Rogério Skylab; Comunicação Política, de Leonardo Stoppa e Sálvio Nienkötter; O Rei dos Judeus, de Henry Bugalho; O de Mundana, de Luiz Felipe Leprevost; Ninguém é Inocente em São Paulo, Ferréz; Bora Votar, de Carlito Neto e Sálvio Nienkötter; Entrevista, de Cristina Serra; Amanhã Vai Ser Pior – O Brasil Segundo os Galãs Feios, de Helder Maldonado e Marco Bezzi; Teogonia – Hesíodo, de Henry Bugalho; Subir pelo Inferno, Descer pelo Céu, de Marcelo Ariel; Patologias da Modernidade, de Jessé Souza; Ligações que Rasgam, de Raul K. Souza; Lava Jato, Uma Conspiração Contra o Brasil, de Milton Alves; e, por fim, O Dia em que o Morro não Descer, de André Constantine e Dafne Ashton Vital Brazil.

Toda essa rica e variada produção vertida pela Kotter tem resultado em premiações para diversas obras. A editora chegou ao segundo lugar no prêmio da Biblioteca Nacional na categoria poesia com o livro “Ou o Silêncio Contínuo”, de Marcelo Ariel. Também ficou entre os 10 finalistas em tradução do 63º Prêmio Jabuti com o livro Ao Kurnugu, terra sem retorno – Descida de Ishtar ao mundo dos mortos, de Jacyntho Lins Brandão.

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Ainda em 2019, a Kotter expandiu o alcance de suas publicações para Portugal, onde passou a editar livros de autores portugueses e de outros países lusófonos. Além disso, no ano passado, a editora consolidou a sua presença no Youtube, por meio da Kotter TV, um canal com diversos programas de literatura, política e filosofia. O que resulta em um trabalho ainda mais próximo com comunicadores de esquerda e influenciadores digitais como Leonardo Stoppa, Carlito Neto, o ator Bemvindo Sequeira e, recentemente, incorporando o ativista André Constantine.

Em plena pandemia, sem apoios ou estímulos oficiais, a editora disputa o seu espaço, enfrentando as naturais turbulências de um mercado em rápida transformação. Novos fenômenos impactam diretamente no comportamento do mercado editorial, como a expansão vertiginosa da Amazon, atualmente a líder de vendas de livros no país. A mega corporação norte-americana, com a liderança do mercado e um marketing agressivo, desbancou livrarias tradicionais e que praticamente monopoliza a venda de livros pela Internet.

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A editora Kotter é também um espaço privilegiado para o surgimento de novos escritores, sempre com um olhar atento e zeloso da gestão editorial, contribuindo para a qualidade do trabalho dos novos e futuros talentos literários – além da difusão e reedição de obras de escritores já consagrados.

A Kotter é uma casa editorial com uma profunda vocação democrática, plural, e de defesa e valorização da cultura nacional. Portanto, uma chama indispensável nestes dias tempestuosos e ameaçadores.

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