Um monte de pétreas bobagens

Catarina Rochamonte, mais uma vez, disparou contra disparates

Catarina Rochamonte
Catarina Rochamonte (Foto: Reprodução)


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Catarina Rochamonte, mais uma vez, disparou contra disparates. Sim, este artigo é sobre publicações da filósofa na Folha de S. Paulo, motivo de outras considerações anteriores neste espaço, no pandêmico ano de 2021. Meia dúzia de vezes que seu nome foi citado não é pouco, mas significativo da postura da articulista. Ou talvez seja eu o aficionado pelas bobagens que ela diz. Tirante as duas publicações no Jornal Pravda, Fumaça jornalística (14/5, http://web.archive.org/web/20210516205251/https://port.pravda.ru/news/cplp/14-05-2021/52828-fumaca_jornalistica-0/) e Cota de ficção jornalística (29/7, https://port.pravda.ru/cplp/53194-ficcao_jornalistica/), as demais foram aqui: Viúvos a jato (1/3, https://www.brasil247.com/blog/viuvos-a-jato), Não basta ignorar o presidente (16/3, https://www.brasil247.com/blog/nao-basta-ignorar-o-presidente), A morte e a morte de um país (10/4, https://www.brasil247.com/blog/a-morte-e-a-morte-de-um-pais), A imprensa falaciosa e um centro político desbalanceado (18/6, https://www.brasil247.com/blog/a-imprensa-falaciosa-e-um-centro-politico-desbalanceado).

Em tentativa de se defender, a colunista apenas mostrou que sabe fazer citações em alemão, também escolhidas a dedo dentro do cipoal de opções que aprendeu na faculdade. E não são apenas os que ela rotula de defensores de Lula que se manifestam. Por mais plural que seja, não entendo como a Folha ainda mantém tal espaço para, digamos, disparates.

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Para criticar o erro da recondução de Augusto Aras na PGR, Catarina Rochamonte usa de argumento totalmente equivocado. Para ela, não criminalizar a política significa defender a impunidade, argumento raso de bolsonarista que nunca deixou de ser. Seres políticos somos todos, mesmo os que se omitem e os arrependidos. Ela não consegue dizer um 'a' contra seu suposto ex-mentor sem citar Lula, o que é caso de fixação freudiana a ser estudado.

Repito, seres políticos que somos, abdicar da atividade política é, no mínimo, suicídio. Daí a importância que se faz do Estado Democrático de Direito, em toda sua amplitude. Muitos erros recentes estão atrelados a um paradoxo de omissão de um lado, notadamente do Executivo, com um ativismo jurídico de outro, tendo Sérgio Moro – o ídolo da citada colunista – como representante maior, que se julgou soberano e suserano. Contrariando Chico Buarque, tão querido nosso e do ministro Barroso, não se pode ser “bedel e também juiz”.

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