Um herói ou um mentecapto?
Bem, não cabe a mim defender "a", "b" ou "c", apenas desejar que a morte de Celso Daniel, que teria sido ministro no governo Lula, seja esclarecida. Contudo Celso Daniel foi assassinado um ano antes da vitória e posse de Lula, quando a gestão dos malfeitos na Petrobras e dos recursos dela desviados estava sob a "eficiente e ética" responsabilidade de tucanos de alta plumagem e não dos petistas
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No romance "O Grande Mentecapto" Fernando Sabino narra as aventuras de Geraldo Viramundo, uma espécie de Dom Quixote de La Mancha brasileiro que vive suas aventuras e desventuras nas Minas Gerais.
No início o livro o personagem Geraldo Viramundo é apresentado como um menino comum, um menino que vive as peraltices próprias da infância, porém a história se desenvolve a partir das consequências de uma aposta entre Viramundo e seus amigos.
Viramundo afirmou que conseguiria fazer o trem parar em seu município, já que Rio Acima (a cidade do menino) não era originalmente ponto de sua parada. A narrativa apresenta diversas referências quixotescas, e de modo cômico e emocionante retrata como a vida pode surpreender quando menos se espera.
Um belo romance.
Em Curitiba talvez tenhamos outro tipo de mentecapto, não um herói romântico como Dom Quixote ou Viramundo, mas um do tipo desajuizado. Uso o adjetivo substantivo masculino mentecapto para definir aquele que é mentalmente desordenado; que ou quem perdeu o juízo, o uso da razão; alienado, louco.
A mim parece que Sérgio Moro busca, custe o que custar, afirmar-se como o novo herói nacional, o sucessor legitimo do conhecido "caçador de marajás", afinal é apadrinhado pelo mesmo capo della máfia... E busca essa posição de herói criminalizando o PT e Lula.
Penso que Sérgio Moro não é destituído de inteligência, de bom senso, não é tolo, néscio ou idiota, muito pelo contrário, mas me parece que ele está mentalmente perturbado, pois no despacho em que justifica os mandados da nova fase da Lava Jato, batizada como "Carbono 14", ele teria tratado do assassinato de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, SP e teria vinculado o caso às investigações que ele conduz sobre desvios ligados à Petrobras, em especial do grupo Schahin.
Segundo li na web Moro teria afirmado que é possível que o esquema criminoso que envolve a Petrobrás tenha alguma relação com o homicídio, em janeiro de 2002, do então Prefeito de Santo André, Celso Daniel.
E mais, teria constado no despacho que, em sendo confirmado o depoimento de Marcos Valério no sentido de que os valores lhe foram destinados serviu para extorsão de dirigentes do PT, a conduta seria ainda mais grave, pois, diria respeito a extorsão de autoridades da elevada Administração Pública, que os fatos – se comprovados – teriam contribuído para a obstrução da Justiça e impedido a completa apuração dos crimes havidos no âmbito da Prefeitura de Santo André.
Muito grave tudo isso.
Bem, não cabe a mim defender "a", "b" ou "c", apenas desejar que a morte de Celso Daniel, que teria sido ministro no governo Lula, seja esclarecida.
Contudo Celso Daniel foi assassinado um (1) ano antes da vitória e posse de Lula, quando a gestão dos malfeitos na PETROBRAS e dos recursos dela desviados estava sob a "eficiente e ética" responsabilidade de tucanos de alta plumagem e não dos petistas. Meu estranhamento reside na desconformidade entre fatos, atos e tempo, mas enfim que a verdade triunfe e não a versão que, em vários pontos, se busca afirmar.
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