Ué, golpe do judiciário pode no Brasil e não pode na Venezuela? Pode isso?

No Brasil de Michel Temer, a Globo defende com unhas e dentes todo poder ao judiciário; na Venezuela de Nicolás Maduro, a emissora, que entende como ninguém de golpes, condena o "chavismo"



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A esquizofrenia da velha mídia chega ao ápice e a faz pirar o cebolão com os golpes do judiciário no Brasil e na Venezuela.

No Brasil de Michel Temer, a Globo defende com unhas e dentes todo poder ao judiciário; na Venezuela de Nicolás Maduro, a emissora, que entende como ninguém de golpes, condena o "chavismo".

A esse respeito comentou o senador Roberto Requião (PMDB-PR), membro da Comissão de Relações Exteriores do Senado e presidente do Parlasul:

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"O Supremo da Venezuela considerou o Congresso Nacional em desacato e judicializou suas decisões. Mais ou menos o que ocorre no Brasil hoje", comparou o parlamentar.

Requião tem razão, senão vejamos.

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Na semana que passou, sempre com a mãozinha da velha mídia golpista, o procurador-geral da República Rodrigo Janot "propôs" projeto de lei contra o "abuso de autoridade" que reconhece os crimes do judiciário, mas os flexibiliza com a hermenêutica (interpretação) do próprio juiz.

Evidentemente que não prosperou, pois o texto lido no Senado manteve a tipificação (punição) de crime cometidos por juízes e procuradores que extrapolarem suas funções públicas.

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Antes, porém, o procurador Deltan Dallagnol também tentou usurpar os poderes legislativo ao propor uma lei mandrake de combate à corrupção. Para dourar a pílula, o moço, igualmente com o apoio da velha mídia golpista, o rotulou como "lei de iniciativa popular".

Resumo da ópera: para a esquizofrênica e golpista mídia brasileira, na Venezuela não pode o judiciário usurpar os poderes do legislador; no Brasil, sim, o judiciário pode dar o golpe no Congresso Nacional.

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