Ucrânia: responsável e culpado
Há, como em todo conflito, um responsável e um culpado. Ou, ao menos, havia, quando tudo começou. Saiba quem são
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O mundo passa noites em branco, tratando de acompanhar o que acontece na Ucrânia.
A estas alturas, uma invasão que abre espaço para uma guerra de proporções que ninguém consegue, com um mínimo de lucidez, saber no que vai dar, gera toneladas de razões para gerar, mais que preocupações, angústia. E muita, muitíssima tensão.
Há, como em todo conflito, um responsável e um culpado. Ou, ao menos, havia, quando tudo começou.
O responsável, evidentemente, chama-se Vladimir Putin. E não há um culpado isolado: são vários. A saber: o ucraniano Volodimir Zelenski, a OTAN e, como sempre, Washington.
A insistência de Zelenski para que seu país passasse a integrar a OTAN só poderia dar no que deu. A lentidão da OTAN em dar uma resposta contribuiu, e muito, para elevar a tensão. E Washington, para variar, não titubeou na hora de jogar gasolina no fogo.
Afinal, basta pensar no inverso: qual seria a reação dos Estados Unidos se a Rússia insistisse em instalar bases militares no sul do Canadá ou no norte do México? Era exatamente o que aconteceria caso a Ucrânia passasse a integrar a OTAN: tropas europeias e norte-americanas ao lado da Rússia.
Assim, pois, começa a tragédia: com a iniciativa de Putin, o responsável, e a ação prévia de Zelenski, da OTAN e de Washington, os culpados.
E muito rapidamente tudo desandou. Putin, evidentemente, cometeu brutais erros de cálculo, que resultaram na barbárie vivida pelos ucranianos. Sobram indícios de que em momento algum ele previu que a resistência seria o que tem sido, e pior, que suas tropas fossem tão incompetentes.
Passados tantos dias, só uma certeza permanece: nada será como antes. O mundo contempla, agoniado, como um país, a Ucrânia, é literalmente arrasado, como sua população é dizimada e se lança numa desesperada fuga.
E já não se pode separar culpa de responsabilidade: são todos irremediavelmente culpados.
A única saída é surgir quem tenha peso suficiente para servir de intermediário, de interlocutor, para alcançar um cessar fogo urgente.
E isso, claro, se Vladimir Putin aceitar dialogar.
O mundo vive dias de horror e de agonia. Como se recuperar dessa tragédia, ninguém sabe.
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