Tudo como dantes no Quartel de Abrantes
É muito fácil brincar de dar golpes ou desdizer qualquer discurso. Realidade e ficção se confundem para milhões de brasileiros que ganham salário mínimo
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Amanheceu no lado cinza da força. E todas e todos (nem sempre) se apressam em ler as manchetes fidedignas do bom jornalismo...
As sombras da miséria já se abateram sobre aqueles que apenas existem. Um país submisso às variações, que se estendem do vírus SARS-COV-2 (mutante) ao chefe da nação que blefa. Segue o jogo. E em meio a partida quem perde é o pobre; que entrega a mercadoria, ou que ministra aulas presencialmente (criminosamente) em meio à pandemia fatídica. Ele recebe pouco mais de 1.000 reais mensais (mestres e especialistas) para morrer por gente que ganha acima de 30 mil. E cria Projetos de LEI escravistas contra ele, como por exemplo, o PL 5595/20.
A pandemia e o desgoverno calam a boca da juventude que se contenta em estudar os podcasts de "terceira" que pululam nas redes chamadas de sociais, e que ocupam o lugar da docência.
A maioria, infelizmente, se acostumou a ser excluída, se acomodou com a ociosa mentira de quem (ainda) acredita que há mitos ou salvadores da Pátria... Até as cores de seu patriotismo foram sequestradas. E assistir ao latifúndio e seus filhotes bradando e tentando “invadir" tribunais; após um café da manhã em hotéis pagos (talvez) com dinheiro público parece cena de filme pornô. O dinheiro no Brasil é apenas um fetiche. Ele circula somente em certas bolhas.
A chibata e as migalhas se tornaram os símbolos de um país onde ser miserável é um estado de alma que reduz a pó: sonhos e vida. A população forjada aqui nasce, cresce e morre prematuramente e feliz… o “Sílvio Santos vem aí” abrir a "Porta da esperança"...
A leitura e a boa educação nunca bateu à porta das famílias brasileiras sistematicamente. Os "Homens bons'' continuam decidindo o futuro da nação e o “salve-se quem puder” ainda é o mote. Ser excluído é a regra. E segue o baile onde muitos dizem: estudar muito deixa louco. E nesse barco embriagado onde o timoneiro "liga a Globo" para te “anestesiar” durante décadas com suas eternas novelas que retratam (fielmente) a vida desigual de Colônia: demonstrando que o contratualismo possui lado. Por isso é muito fácil brincar de dar golpes ou desdizer qualquer discurso. Realidade e ficção se confundem para milhões de brasileiros que ganham salário mínimo. Porém eles já estão calados e conformados. Afinal, suas vacinas contra "pragas", como a igualdade social e o esclarecimento estão em dia.
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