Trump financia golpe em Honduras

"Em meio à convulsão social provocada pelas acusações de fraude nas eleições presidenciais de 26 de novembro e em pleno estado de sitio e toque de recolher no país, Juan Orlando Hernández, presidente de Honduras e vencedor contestado do pleito por apenas 46 mil votos, deu talvez a mais desabrida e vergonhosa demonstração de submissão colonialista ao agradecer publicamente ao Secretario de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, que estava ao seu lado, 'por aprovar a autorização de desembolsos de cooperação bilateral desse país para Honduras'", avalia o colunista do 247 Alex Solnik sobre a situação em Honduras

"Em meio à convulsão social provocada pelas acusações de fraude nas eleições presidenciais de 26 de novembro e em pleno estado de sitio e toque de recolher no país, Juan Orlando Hernández, presidente de Honduras e vencedor contestado do pleito por apenas 46 mil votos, deu talvez a mais desabrida e vergonhosa demonstração de submissão colonialista ao agradecer publicamente ao Secretario de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, que estava ao seu lado, 'por aprovar a autorização de desembolsos de cooperação bilateral desse país para Honduras'", avalia o colunista do 247 Alex Solnik sobre a situação em Honduras
"Em meio à convulsão social provocada pelas acusações de fraude nas eleições presidenciais de 26 de novembro e em pleno estado de sitio e toque de recolher no país, Juan Orlando Hernández, presidente de Honduras e vencedor contestado do pleito por apenas 46 mil votos, deu talvez a mais desabrida e vergonhosa demonstração de submissão colonialista ao agradecer publicamente ao Secretario de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, que estava ao seu lado, 'por aprovar a autorização de desembolsos de cooperação bilateral desse país para Honduras'", avalia o colunista do 247 Alex Solnik sobre a situação em Honduras (Foto: Alex Solnik)


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   Em meio à convulsão social provocada pelas acusações de fraude nas eleições presidenciais de 26 de novembro e em pleno estado de sitio e toque de recolher no país, Juan Orlando Hernández, presidente de Honduras e vencedor contestado do pleito por apenas 46 mil votos, ao qual nem poderia ter concorrido de acordo com a constituição deu talvez a mais desabrida e vergonhosa demonstração de submissão colonialista ao agradecer publicamente ao Secretario de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, que estava ao seu lado, “por aprovar a autorização de desembolsos de cooperação bilateral desse país para Honduras”.

   Sublinhou que “essa é uma mensagem muito importante que nós apreciamos como povo e reconhecemos esse gesto de boa vontade”.

   “Mas também reflete como estão nos vendo e nesse sentido, como hondureños, todos, absolutamente todos temos que nos sentir contentes, alegres com esse passo”.

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   “Ao Secretario de Estado Tillerson, muito obrigado por essa confiança ao emitir essa autorização”.

   Depois de disputar a eleição de forma irregular, e a ganhar sob enormes suspeitas de fraude na contagem de votos, e cujo resultado está em suspenso, à espera de uma possível recontagem exigida pelo candidato perdedor, Salvador Nasralla, Hernández é acusado abertamente por seu oponente de comprar deputados para obter privilégios como esse de afrontar a constituição com aprovação do superior tribunal eleitoral.

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   De acordo com Nasralla, quem manda no tribunal é Hernández. Ele também já disse em entrevista recente à emissora Russia Today, de Moscou que seu oponente deu um golpe há cinco anos quando obteve autorização dos deputados para trocar ministros da suprema corte, “tem cara de ditador” e “não pretende deixar o poder de Honduras tão cedo”.

   Nunca uma intervenção americana na América Central ficou tão explícita, Trump continua tratando o país como se fosse uma fazenda onde os americanos plantam bananas.

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   Não por acaso, a expressão "Banana Republic" foi cunhada em 1904 pelo escritor O. Henry num livro sobre Honduras.

   O encontro entre o presidente corrupto e o secretario de Trump, por mais obsceno que fosse, foi transmitido pelas emissoras de TV do país, talvez para que os hondurenhos vissem para quem os americanos dão grana.

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   A escolha de Trump por Hernández não significa que Nasralla seja um perigoso discípulo do bolivarianismo.

   Embora esteja aliado a Manuel Zelaya, ex-presidente vítima de golpe de estado em 2009 e, este sim, visto como homem de esquerda,  Nasralla, locutor esportivo de sucesso, já foi CEO da Pepsi, fundou o Partido Anticorrupção e já declarou que gosta de ideias de esquerda e de ideias de direita e que, se a recontagem de votos (se acontecer) levá-lo ao poder vai governar com gente de esquerda e de direita, mas de "mãos limpas" como ele.

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   Talvez por esse detalhe Nasralla tenha caído em desgraça com Trump.

   Hernández não gosta de nenhuma ideia de esquerda, nem vai colocar esquerdista algum em seu governo.

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