Traumatismo ucraniano
Encontra-se preso, provisoriamente, o brucutu arruaceiro que ameaçou espancar um ministro da suprema corte com um gato morto. Tudo indica que o porralouca deixará o cárcere em breve e amargará uma domiciliar
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Por Lelê Teles
Encontra-se preso, provisoriamente, o brucutu arruaceiro que ameaçou espancar um ministro da suprema corte com um gato morto.
Veja você.
Tudo indica que o porralouca deixará o cárcere em breve e amargará uma domiciliar.
Negacionista raiz, o sujeito será obrigado a confinar-se em casa, preso pelo tornozelo, como um papagaio doméstico.
Furibundo e cuspidor de marimbondos, o sicofanta era um bajulador do presidente e andava a conspirar com outros midiotas celerados um plano delirante de ucranizar o Brasil.
É que em 2014, um bando de neonazistas ucranianos, armados até os dentes, iniciou um protesto gigante pelo país, que provocou ruptura institucional e desordem civil, culminando na invasão do parlamento.
O desfecho foi a eleição de um palhaço para dirigir o país.
Por aqui, por enquanto, as pretensões ucranizantes continuam no campo da bravata e do delírio; mas já tivemos um palhaço fantasiado de presidente às portas do Alvorada a afrontar jornalistas.
Sara Giromini – sim, já nos esquecemos dela - , também andou a fazer ameaças urcranizadoras num passado recente.
Tal qual o deputado preso, Sara propunha uma ruptura institucional, montou uma ganguezinha, afrontou magistrados, ameaçou sair na porrada com um deles e, veja que fuleiragem, cuspiu fogo sobre o palacete do STF, soltando rojões no teto da Suprema Corte.
Por essa insolência, Giromini teve como punição a tranca, as chineladas na bunda, o adereço no tornozelo e a lata de lixo da história.
Tudo indica que o troglodita bolsonarista terá o mesmo destino.
Daniel Silveira ganhou os holofotes durante as raves cívicas, quando apareceu rasgando uma placa de rua que homenageava a ex-vereadora assassinada Marielle Franco.
Ao invés de ser punido pelo ato de vandalismo, foi agraciado com um mandato parlamentar.
De lá pra cá, com esse salvo-conduto, não tem feito outra coisa a não ser desonrar o cargo, vomitar ódio e preconceitos e afrontar a lei.
Outro dia foi expulso de uma aeronave por se recusar a usar uma máscara.
Deputado pra lamentar, Daniel acaba de quebrar o decoro ao gravar um vídeo ameaçando, nominalmente, os juízes da Suprema Corte, desafiando os magistrados, zombando da justiça e arvorando-se o novo porta-voz da ucranização tupiniquim.
Silveira jogava pra plateia, bajulador, fazia coro ao general insolente que zombou de um magistrado e ficou de Boas.
Daniel achou que teria a mesma sorte.
Acreditou que os magistrados, tal qual a professora de Mianmar, ficariam dando aulas de aeróbica na TV enquanto os patifes tomavam o poder de assalto; deu com os burros n’água.
Aproveitando-se do privilégio branco, Silveira ainda gravou outro vídeo, com a PF dentro de casa, reiterando as ameaças.
Ao chegar ao IML, ainda sob o manto do privilégio branco, desacatou autoridades e disse ser conhecedor da “porra da lei”.
Tudo isso calculadamente filmado por um auxiliar, para mostrar aos seus seguidores que ele é um sujeito destemido, temido e valentão.
Disse já ter sido preso mais de 80 vezes e que não tem medo de coisa alguma.
É fácil dizer isso usando um terno apertado e escondendo-se atrás de uma imunidade parlamentar.
Lembremos que Sara Giromini também era rabugenta, falastrona, garganta e intimidadora e hoje anda silente, sorumbática, rabo entre as pernas.
O raio ucranizador parece que saiu pela culatra.
Palavra da Salvação.
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