Traidor
"Com a carta, Temer mostrou que tem razão: ele não é confiável. Dilma nunca deveria ter confiado nele", diz o colunista Alex Solnik; "País dos delatores, o Brasil ganha o seu primeiro grande traidor do século 21. E o vice ganha, finalmente, o protagonismo perdido. Assume o papel desprezível de Brutus, de Joaquim Silvério dos Reis e do Cabo Anselmo. E revela que a sua grande especialidade é a punhalada pelas costas", escreve o jornalista; leia seu artigo

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"Sei que a senhora não tem confiança em mim e no
PMDB, hoje, e não terá amanhã" (Michel Temer).
Dilma disse: eu confio no meu vice.
O vice disse: não, ela não confia em mim.
Com a carta Temer mostrou que ele tem razão: ele não é confiável. Dilma nunca deveria ter confiado nele.
Um vice que abandona o seu governo no momento mais crítico passa para a história com um só epíteto: traidor.
Não é golpista, é traidor.
A sua carta desequilibra o jogo do impeachment em favor de Eduardo Cunha, de quem Temer parece ser mais próximo do que imaginava a nossa vã filosofia.
Dilma tem agora apenas um aliado de peso no PMDB: Renan Calheiros.
Não dá para dizer que Leonardo Picciani tenha algum peso, principalmente depois de ter sido reduzido a pó pelo missivista inesperado.
A carta-bomba do Temer é um claro sinal para os peemedebistas abandonarem o navio.
Ele não é o capitão do golpe, como definiu Ciro Gomes, mas o capitão do motim.
País dos delatores, o Brasil ganha o seu primeiro grande traidor do século 21.
E o vice ganha, finalmente, o protagonismo perdido.
Assume o papel desprezível de Brutus, de Joaquim Silvério dos Reis e do Cabo Anselmo. E revela que a sua grande especialidade é a punhalada pelas costas.
A carta é um divisor de águas, que as tornou mais turvas.
Temer abandona o papel de mordomo de filme de terror e assume o do Frankenstein.
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