Tragédia criminosa
Não apenas o chefe do Executivo abusou do Bicentenário para fazer propaganda, como também comprou o silêncio do Parlamento
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Comparar o ativismo judicial, porque o Parlamento não cumpre sua função de fiscalizar o Executivo, com os atos da ditadura militar é leviandade ou oportunismo execrável de J.R. Guzzo em seu artigo “De volta ao AI-5” no Estadão de 4/9. Ou ambos. O jornalista parece se esquecer do chumbo grosso que caiu sobre nossas cabeças naquele triste período. Há falhas jurídicas no momento, mas o Poder Judiciário está tentando salvar a democracia, coisa que o mandatário-mor quer ver destruída e o Legislativo, devidamente comprado, está de licença sabática e conivente apenas para se reeleger.
Meus colegas no exterior me perguntam o que está acontecendo no Brasil e a resposta mais próxima da realidade vergonhosa em que vivemos é “uma tragédia criminosa”. Não apenas o chefe do Executivo usou e abusou do Bicentenário para fazer propaganda política, como também comprou o silêncio do Parlamento e tentou comprar os votos da reeleição. Apenas esse último crime ainda não foi consumado, haja vista as recentes pesquisas de intenção de voto. Onde estão os defensores do Estado Democrático de Direito para colocar o despresidente atrás das grades?
Quanto ao país vizinho, é importante que se exija a devida apuração do atentado a Cristina Kirchner na Argentina, ainda que os editorialistas dos jornalões daqui façam um contraponto duvidoso com o ocorrido no Brasil, quatro anos atrás. É bom deixar claro que sites bolsonarentos já estão divulgando que o atentado lá foi forjado e clamando para que os argentinos não caiam em tal “falácia”. Se temiam uma Internacional Socialista, parece que está vingando uma Internacional Extremista.
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