Tio Sam copia Getúlio e Lula criando seu BNDES
Enquanto isso, por aqui, a direita tupiniquim, que Getúlio considerava burra, desativa o BNDES, transferindo funções do banco estatal desenvolvimentista para os bancos privados que só pensam em lucros e especulação
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Nacionalismo na veia
O modelo BNDES de banco de desenvolvimento para alavancar nacionalismo econômico faz sucesso nos Estados Unidos, enquanto aqui os viralatas condenam; puro colonialismo mental de uma direita burra, servil ao capital internacional na condição de sócio sempre menor.
Getúlio criou o BNDES para alavancar industrialização, porque via na indústria arma estratégica para conquistar mercados, no cenário devastado da segunda guerra mundial; Geisel, mesma coisa, nos anos 1970, para fugir da supremacia neoliberal americana, depois da supressão, por Nixon, do padrão ouro; ambos seguiam plano nacional desenvolvimentista; não por acaso, ambos foram bombardeados pelos Estados Unidos, contrários ao nacionalismo brasileiro.
Com estratégia nacionalista, Brasil e América Latina dão à Doutrina Monroe; a América para os americanos, mas, segundo Monroe, sob comando de Tio Sam.
Getúlio e Geisel construíram alternativas, com opção nacionalista; agora, com Trump, a surpresa: copia, descaradamente, a experiência de Getúlio, essencialmente, nacional desenvolvimentista.
Tio Sam quer um BNDES para si, de modo a fazer o mesmo que o BNDES brasileiro, getulista, geisista e lulista, fez e continua fazendo, ou seja, jogar as empresas nacionais na competição internacional.
O Estado, segundo Tio Sam, tem uma missão essencial, especialmente, depois da segunda guerra mundial: expandir as empresas americanas pelo mundo afora; toda a diplomacia americana é, essencialmente, jogada comercial; a guerra EUA-CHINA, no momento, expressa isso; os americanos estão perdendo a parada para os chineses; por isso, correm atrás de um banco desenvolvimentista à lá Getúlio Vargas.
É bom lembrar que Getúlio fez a cabeça de Roosevelt, com decisões que tomou logo depois do crash de 1929; Gegê interveio na economia, para salvar os agricultores de café; preservou receita cambial exportadora no mundo em guerra; diminuiu os estoques, financiando os agricultores.
Roosevelt reconheceria essa jogada keynesiana de Getúlio ao dizer que o New Deal americano, contra a crise de 1929, tem dois patronos: o primeiro, claro, Roosevelt; o segundo, Getúlio.
Tio Sam volta copiar Getúlio, para fugir da banca privada, que virou risco para o Estado, devido ao excesso de dívidas em títulos do governo; a banca privada americana pula fora da produção, no cenário de crise, cuja tendência é deflacionária; a alternativa é a especulação com dívida pública e expansão do mercado derivativo, onde a taxa de lucro é exponencial.
Enquanto isso, por aqui, a direita tupiniquim, que Getúlio considerava burra, desativa o BNDES, transferindo funções do banco estatal desenvolvimentista para os bancos privados que só pensam em lucros e especulação.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247