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Devemos seguir à espreita de dias melhores, embora as agendas reformistas e atrasadas continuem transitando no Congresso. Barrar as reformas e pedir eleições diretas já são coro nas ruas. Os aliados momentâneos de Temer sabem disso e deverão tomar uma posição em breve. Esperamos que a posição seja ao lado do povo, porque o Brasil tem pressa. "Tic-tac"

Protesto na Avenida Paulista: Fora Temer (04/09/2016)
Protesto na Avenida Paulista: Fora Temer (04/09/2016) (Foto: Jandira Feghali)


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Como vinha antecipando em minhas redes sociais, o longo julgamento no TSE sobre a cassação da chapa de Temer em 2014 não estaria sob nosso controle – o do campo da esquerda e progressista. Duas vias despontavam no horizonte: a possibilidade de vistas do processo em suspeita de cassação ou a óbvia não cassação. Não ter expectativa era o mais coerente, pois a cassação seria o caminho mais curto para as eleições diretas, já que o código eleitoral está em vigor. E diretas, como bem sabemos, a elite não quer.

Restam à luta democrática três possibilidades de ver a queda de Temer.

Já se sabe que a Procuradoria Geral da República deve denunciá-lo, conforme tem sido noticiado pela Grande Mídia. Se isso ocorrer, será a Câmara que deverá votar se aceita ou não a abertura do processo no Supremo sobre o crime penal decorrido no diálogo amplamente conhecido entre o presidente ilegítimo e o empresário Joesley Batista. Foi lá que ele induziu o empresário a continuar pagando o silêncio de Cunha na prisão, ter adiantado ao dono de uma gigante empresa privada a mudança na taxa Selic do Banco Central e ter ouvido que o mesmo tentava interferir nas investigações através de um procurador da República, configurando crimes de prevaricação, obstrução da justiça e corrupção. O possível resultado no plenário da Câmara vai sofrendo mudanças na medida do aumento das denúncias e provas, além da nítida ausência de qualquer apoio no povo brasileiro. Este, aliás, pede sua imediata saída.

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A segunda possibilidade é a renúncia, ato unilateral, mas que também decorre da insustentabilidade política.

Na terceira hipótese, que seria o impeachment, não vejo disposição política a quem cabe deferir o seguimento do processo: o presidente da Câmara.

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A recuperação imediata da soberania do voto popular só ocorrerá se aprovarmos a mudança constitucional através das PECs em tramitação no Congresso Nacional. E ganhamos força com o lançamento de quarta (7), no Parlamento, da Frente Parlamentar Suprapartidária pelas Diretas Já, composta por PT, PCdoB, PDT, Rede, PSB e PSOL, que também contou com a participação de parlamentares do Podemos, PR, PV e PSD e PMDB. Somado a isto, na segunda-feira (12), tucanos sinalizam que podem decidir por desembarcar do governo. Seria a pá de cal neste projeto fracassado iniciado no golpe.

Até lá, Temer ouvirá mais ainda das ruas os gritos pelo resgate democrático. Atos pela aprovação da emenda constitucional que garante as eleições diretas pipocarão pelo país de forma entusiasmada. No domingo (11), São Paulo receberá o "Mulheres por Diretas", no Largo do Arouche, Porto Alegre terá grande ato cultural na Redenção e na Bahia, em Salvador. É o terceiro final de semana seguido com atos recheados de povo e vontade de voltar a ter o destino do Brasil nas próprias mãos. O voto direto.

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Devemos seguir à espreita de dias melhores, embora as agendas reformistas e atrasadas continuem transitando no Congresso. Barrar as reformas e pedir eleições diretas já são coro nas ruas. Os aliados momentâneos de Temer sabem disso e deverão tomar uma posição em breve. Esperamos que a posição seja ao lado do povo, porque o Brasil tem pressa. "Tic-tac".

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