Temer vai testar as ruas
"Recluso até agora no circuito Jaburu-Planalto, e amargando uma aprovação de apenas 11,3%, o presidente interino Michel Temer resolveu empreender na semana que vem as primeiras incursões pelos estados", afirma Tereza Cruvinel, colunista do 247; "Na terça-feira, ele vai a Floresta, em Pernambuco, de lá segue para Arapiraca, em Alagoas. No dia seguinte, participa de eventos relacionados com as Olimpíadas no Rio de Janeiro. Nas duas viagens, Temer vai colher o que Dilma semeou", ao visitar "obras do governo federal que foram iniciativas do governo dela e sancionar lei decorrente de medida provisória também editada por Dilma", acrescenta a jornalista; para ela, "certamente Temer busca reverter a baixa aprovação com estas viagens, que serão também um teste importante de sua rejeição nas ruas"
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Recluso até agora no circuito Jaburu-Planalto, e amargando uma aprovação de apenas 11,3%, o presidente interino Michel Temer resolveu empreender na semana que vem as primeiras incursões pelos estados. Temer busca certamente reverter a baixa aprovação com estas viagens que serão também um teste importante de sua rejeição nas ruas.
No dia 14, terça-feira, ele vai a Floresta, em Pernambuco, de lá seguindo para Arapiraca, em Alagoas. No dia seguinte, 15, participa de eventos relacionados com as Olimpíadas na cidade do Rio de Janeiro. Nas duas viagens, Temer vai colher o que Dilma semeou.
Nos dois estados do Nordeste, em que Dilma venceu a eleição em 2014, ele visitará obras do governo federal que foram iniciativas do governo dela e sancionará lei decorrente de medida provisória também editada por Dilma, que reabre prazos e concede benefícios para a quitação ou renegociação de dívidas de produtores rurais e de caminhoneiros. Os agricultores mais beneficiados pela medida são os da região do semiárido nordestino, em área de atuação da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste).
No Rio ele visitará obras do Parque Olímpico e deve se encontrar com o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach. Na reunião do ministério de terça-feira, ele mesmo definiu o objetivo da viagem: "Mais do que injeção de ânimo, temos que dar injeção de segurança institucional para que ele (Bach) possa também veicular e transmitir essas informações”.
Esta semana o prefeito do Rio, Eduardo Paes, do PMDB, declarou que quem fez as Olimpíadas foi Dilma e não Temer, e reclamou da incerteza política que tira o brilho do evento. Em entrevista ao 247, ela disse que ficará muito triste se não puder abrir os Jogos Olímpicos, lembrando que o Rio foi escolhido para sediá-los graças principalmente ao esforço do ex-presidente Lula, que buscou o voto de cada membro do comitê que avaliou as candidaturas. E que foi o seu governo que realizou, em parceria com a prefeitura, as grandes obras de infraestrutura para os jogos. Ela garante que em qualquer hipótese estará no Rio para assistir à abertura. Ou seja, na tribuna ou fora dela.
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