Temer vai deixar exército americano entrar na Amazônia

Se Temer usar a Amazônia brasileira para apoiar a investida de Trump contra a Venezuela com o apoio dos presidentes direitistas da Colômbia e do Perú, o Brasil corre o risco de estar abrindo o caminho para uma guerra sangrenta na América Latina, cujos resultados são imprevisíveis e com certeza, não são de interesse do povo brasileiro. Fora Temer e seus acordos espúrios. Yankees, Go Home

são Paulo, SP 17 de Abril de 2015. BRASIL ECONOMICO. Na foto o Vice presidente Michel Temer. Foto: Murillo Constantino
são Paulo, SP 17 de Abril de 2015. BRASIL ECONOMICO. Na foto o Vice presidente Michel Temer. Foto: Murillo Constantino (Foto: Chico Vigilante)


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Temer não quer apenas acabar com os direitos dos trabalhadores e reprimir os que se manifestam contra. Seu projeto é de entrega total do Brasil.

É irresponsável e seu complexo de vira-lata pode levá-lo inclusive a aliar-se aos EUA numa guerra na América do Sul contra nossos imãos sul americanos.

Temer e a elite que defende não pensam nem agem como brasileiros. Não sabem o que é nacionalismo.

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Entregam nosso petróleo e minérios às multinacionais, nosso território aos estrangeiros.

Depois de dar de bandeja informações sobre o funcionamento de nossa maior estatal e de nossas maiores empreiteiras aos americanos, agora vai abrir as portas da Amazônia ao exército americano.

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Parece mentira. Parece brincadeira. Parece pesadelo. Mas não é.

Em novembro deste ano, sem nenhuma discussão prévia com a sociedade, com o Congresso, com especialistas em defesa na área acadêmica, tropas americanas vão botar suas botas sujas de resto de sangue do Afeganistão, da Síria, do Iraque, em território brasileiro.

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Vão participar de exercícios militares na região de Tabatinga, tríplice fronteira amazônica entre Brasil, Peru e Colômbia, região de acesso estratégico ao território venezuelano.

Segundo a BBC, o Exército brasileiro informou que a Operação América Unida terá dez dias de simulações militares comandadas a partir de base multinacional formada por tropas dos três países da fronteira, e dos Estados Unidos, além da presença de observadores militares de outras nações amigas e diversas agências e órgãos governamentais.

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Que nações amigas? que interesse tem o Brasil de abrir nossa Amazônia, nossos rios, nossas florestas e o funcionamento de nossas pequenas aldeias e vilarejos para exércitos estrangeiros ?

Em março, no artigo “O que Temer ganha entregando aos EUA segredos da defesa brasileira?” questiono o tom vago usado pelo Ministério da Defesa ao anunciar em evento na embaixada americana que o Brasil e os Estados Unidos desenvolveriam "um projeto de defesa" em conjunto.

Desde quando os EUA desenvolvem projetos de defesa juntamente com seus subalternos do sul? A história nos mostra que os EUA não busca aliados, somente vassalos.

O Brasil com Temer é um sobressalto a cada dia. O “projeto de defesa conjunto“ agora ficou bem mais claro. Em seis meses soldados americanos pisarão na Amazônia. Se alguém tem que aprender algo serão eles – como lutar dentro de florestas fechadas, e rios caudalosos.

Só para se ter uma ideia, o município de Tabatinga não é ligado por rodovia a nenhum lugar e moradores e visitantes levam três dias de barco para chegar a Manaus ou sete dias se for feito o caminho inverso contra a correnteza, de Manaus a Tabatinga.

As tropas peruana e colombiana chegarão de seus lados da fronteira, mas quem pagará o combustível, as aeronaves, e a alimentação para levar a tropa americana para o seio da floresta amazônica? Ou aviões da força aérea americana receberão permissão do governo brasileiro para pousar em aeroportos da Amazônia brasileira ?
A Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, disse a BBC que o país "está satisfeito de ter sido convidado para o exercício na Amazônia na busca de expandir e aprofundar parcerias de defesa com o Brasil".

Eu me pergunto: parceria de defesa contra quem? O Brasil, o Perú e a Colômbia estão sendo ameaçados por quem? Nosso maior inimigo em potencial é, e sempre foi, os EUA.

Ao longo da história deixou marcas e rastros inconfundíveis por incentivar e financiar governos sanguinários para fazer calar os que defendem os interesses nacionais.

Esta ação conjunta numa região da Amazônia próxima da Venezuela acende luzes de alerta e começa a cheirar mal.

O país vive um momento conturbado politicamente e Trump fez questão de mencionar a Venezuela nas conversas que teve com os quatro presidentes sul americanos – obviamente de olho nos milhares de barris de petróleo lá produzidos.

A intenção dos EUA é dominar a Venezuela. Sua estratégia é dificultar a vida de Maduro, na OEA, na ONU e dentro do país.

Se Temer usar a Amazônia brasileira para apoiar a investida de Trump contra a Venezuela com o apoio dos presidentes direitistas da Colômbia e do Perú, o Brasil corre o risco de estar abrindo o caminho para uma guerra sangrenta na América Latina, cujos resultados são imprevisíveis e com certeza, não são de interesse do povo brasileiro.

Fora Temer e seus acordos espúrios. Yankees, Go Home.

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